16 de set. de 2009

Sugestão de avaliação para 3ª série a partir de texto narrativo ficcional (fábula)


O LEÃO E O RATINHO


Ao sair do buraco viu-se um ratinho entre as patas do leão. Estacou, de pelos em pé, paralisado pelo terror. O leão, porém, não lhe fez mal nenhum. - Segue em paz, ratinho: não tenhas medo de teu rei. Dias depois o leão caiu numa rede. Urrou desesperadamente, debateu-se, mas quanto mais se agitava mais preso no laço ficava. Atraído pelos urros, apareceu o ratinho. - Amor com amor se paga - disse ele lá consigo e pôs-se a roer as cordas. Num instante conseguiu romper uma das malhas. E como a rede era das tais que rompida a primeira malha as outras se afrouxam, pôde o leão deslindar-se e fugir. Mais vale paciência pequenina do que arrancos de leão. (LOBATO, Monteiro. Obra infantil completa. Volume "Fábulas". São Paulo: Brasiliense)
AtividadeQuestões sobre o texto: 1. Quem é o autor deste texto e qual o nome do livro em que foi publicado? Resposta: Monteiro Lobato . "Obra infantil completa", volume "Fábulas". Habilidade de leitura avaliada: o aluno identifica informação no texto. Professor: durante muito tempo foi comum na escola usar textos sem nenhuma referência bibliográfica. Acreditava-se que isto não era importante, ainda mais com as crianças das séries iniciais. Hoje em dia, sabendo que o texto não é transparente e que o contexto ou a situação de produção constituem o próprio texto, identificar o autor da obra e qual seu suporte ou portador é uma informação importante para os sentidos do que se lê, se escreve, se fala ou se ouve. Além disso, o uso sistemático da referência bibliográfica auxilia na ampliação do repertório de leitura das crianças. Um exemplo é a constatação de que mesmo crianças bem pequenas indicam suas preferências de leitura no que se refere a autores ou tipos de livros.
2. Por que o ratinho ficou paralisado pelo terror? Resposta: Porque o leão é um bicho enorme e assustador para um pequeno rato. Habilidade de leitura avaliada: o aluno faz inferências, isto é, identifica uma informação implícita no texto. Professor: a inferência é uma estratégia de leitura através da qual "lemos" o que não está escrito explicitamente no texto. É como se fosse uma "adivinhação" feita com ajuda de algumas pistas dadas pelo texto, pelo contexto, pelos conhecimentos prévios do leitor ou pelas intencionalidades do autor percebidas pelo leitor. Um bom exemplo de inferência são as piadas, pois a gente ri exatamente porque entendeu o que não está dito diretamente no texto. Veja que esta habilidade é diferente de localizar ou identificar uma informação explícita no texto, como é o caso da questão 1, anteriormente referida, e da questão 3, a seguir.
3. O que aconteceu ao leão, dias depois de ele ter encontrado o ratinho? Resposta: Caiu na rede Habilidade de leitura avaliada: o aluno localiza informação no texto. Professor: durante muito tempo na escola essa habilidade esteve relacionada apenas ao assunto ou ao tema dos textos lidos, em especial quando procurávamos retomar as idéias centrais e/ou secundárias de um texto. Atualmente, temos indicado o desenvolvimento desta habilidade também no que se refere aos tipos e suportes de textos, como é o caso das questões 5 e 7, a seguir.
4. Por que o ratinho resolveu ajudar o leão? Resposta: Para recompensar o leão por não ter devorado o ratinho em outra ocasião. No texto há "o amor com amor se paga" que poderia ser, inclusive, a moral desta fábula, mas Lobato preferiu outra. Habilidade de leitura avaliada: o aluno faz inferência. Professor: idem questão 2.
5. Quem são as personagens do texto? Resposta: São o leão e o ratinho. Habilidade de leitura avaliada: identificar as personagens como um dos elementos caracterizadores da narrativa ficcional/fábula. Professor: a fábula é uma narrativa ficcional herdada da cultura popular. A escolha de animais como personagem tem relação com a construção de uma simbologia, no qual os animais falam e agem como se fossem seres humanos. Identificar personagens de um texto pode parecer simples, mas é desejável que os alunos possam ir tornando essa competência consciente não só como leitores, mas também quando forem produzir seus próprios textos.
6. Quem conta a história? O ratinho? O leão? Outro? Resposta: nem um nem outro, mas um narrador que não participa da história. Habilidade de leitura avaliada: distinguir narrador de personagem, percebendo o foco narrativo (1ª ou 3ª pessoa) Professor: os alunos precisam fazer a distinção entre narrar e ser personagem, percebendo o ponto de vista do narrador: ele participa da história como personagem? Ele conhece todos os fatos? Ele conhece parcialmente os fatos? Ele escolhe qual ponto de vista usa para narrar? Além disso, desde as séries iniciais, as crianças podem ir conhecendo a diferença entre autor e narrador: este é, na verdade, uma ficção, também como as personagens, o enredo etc. O autor é a pessoa física. Aqui vale lembrar algumas músicas de Chico Buarque de Holanda, como "Com açúcar, com afeto" na qual o narrador/ personagem é mulher, ainda que o autor seja um homem, ou seja, o famoso compositor da MPB.
7. Toda fábula possui uma moral da história. Qual é a moral deste texto lido? Resposta: Os alunos podem transcrever a moral do texto ("Mais vale paciência pequenina do que arrancos de leão."). Discuta com os alunos que se eles fizerem essa escolha, é preciso usar aspas para marcar que o texto não é deles, mas do Lobato. Aqui temos um exemplo de que os conhecimentos lingüísticos manifestam-se nas atividades de leitura e de produção de textos . Os alunos podem ainda fazer uma paráfrase, ou seja, usar suas próprias palavras para retomar a moral, como: a paciência dos pequenos vale mais que a força dos fortes (ou algo semelhante). Habilidade de leitura avaliada: localizar a moral como um dos elementos caracterizadores do gênero textual fábula.Professor: é conveniente discutir com os alunos que a moral da fábula vem em destaque através do espaço gráfico ao final do texto e faz uso de um tipo de letra diferente do restante. Além disso, é bom ressaltar que a moral das fábulas refere-se a comportamentos humanos genéricos ou experiências vividas pelos seres humanos, encerrando sempre um ensinamento para os ouvintes ou leitores. A moral retoma, na verdade, o tema do texto.
8. O texto pode ser dividido em três partes. Localize-as. 1ª parte: o primeiro encontro do ratinho e do leão. Parágrafos_______ 2ª parte: o leão preso. Parágrafos______ 3ª parte: o segundo encontro. Parágrafos _______ (Respostas: Parágrafos 1 e 2; parágrafo 3 e parágrafos 4 e 5) Habilidade de leitura avaliada: perceber o enredo como uma das características do texto narrativo ficcional. Professor: o aluno deve compreender que o enredo tradicional da narrativa ficcional se configura em três momentos da ação: situação inicial (apresentação das personagens e do ambiente), conflito (complicação ou desequilíbrio da situação inicial) e desfecho (resolução do desequilíbrio). É conveniente lembrar que, na fábula, a moral está fora do enredo porque ela é um ensinamento do narrador do texto.
9. Você conhece todas as palavras do texto? Isto impediu você de entendê-lo? Resposta: Pessoal Habilidade de leitura avaliada: inferir o sentido de uma palavra ou expressão a partir do contexto imediato Professor: esta é uma reflexão fundamental para os alunos, pois nem sempre é preciso conhecer todas as palavras do texto para entendê-lo. É possível - é até desejável em termos pedagógicos-conviver com o desconhecimento provisório do sentido da palavra e assim perceber pelo contexto o que ela pode estar significando. A escolha desse exercício (e até o fato dele ser o 9º exercício e não um dos primeiros) deu-se na direção de fazer um contraponto ao procedimento comum na escola de grifar as palavras desconhecidas, relacioná-las e procurá-las no dicionário, para depois ler o texto. Estamos assim sugerindo outro caminho: inferir os sentidos das palavras desconhecidas através do contexto, para depois do texto compreendido (porque trabalhado com os alunos), decidir para quê e quando ir ao dicionário.
9. Qual é a pontuação usada quando as personagens falam? Resposta: o travessão Habilidade de leitura avaliada: compreender o uso da pontuação na construção de um texto Professor: a pontuação é um elemento lingüístico que tem servido para muita polêmica. Tradicionalmente, confunde-se saber o nome dos sinais de pontuação com o saber pontuar. Entendemos que a leitura é um importante momento de reflexão sobre os usos da pontuação e seus efeitos de sentido no texto. No que se refere à pontuação do diálogo direto num texto (no qual as personagens falam diretamente), é possível fazer outras perguntas que tomem como objeto de aprendizagem também o uso de dois pontos depois dos verbos "discendi" (verbos que introduzem as falas dos personagens, ou seja, "dizer", "falar", "perguntar", "responder" etc).
10. Substitua a palavra grifada na frase a seguir pelo nome do animal correspondente no texto: Ele ficou paralisado pelo terror.Resposta: O ratinho (ficou paralisado pelo terror) Habilidade de leitura avaliada: identificar o pronome como recurso coesivo Professor: esse exercício pode parecer extremamente simples, mas é fundamental que o aluno reflita sobre os recursos coesivos presentes nos textos que lê, para que possa se apropriar desses conhecimentos, não só como leitor, mas também como produtor de textos. A coesão é uma relação que se estabelece entre as diferentes partes do texto, assegurando sua estruturação. A coesão de um texto são recursos que permitem compreender ou produzir textos. Alguns desses recursos são os pronomes, os advérbios, as preposições, as conjunções, os diferentes itens do léxico etc.
11. Dê outro título ao texto. Resposta: Pessoal Habilidade de produção avaliada: produzir texto, levando em conta o tema Professor: esse exercício pode também parecer muito fácil, porém é bom lembrar que elaborar título significa identificar a unidade temática do texto, por isso, ainda que possa haver várias respostas/criações dos alunos, é fundamental discuti-las com os alunos, fazendo-os analisar quais estão realmente relacionadas ao tema do texto e, portanto, são adequadas ou não. Um bom exercício é fazer algumas análises de vários textos, em relação a seus títulos, para que os alunos possam ir percebendo a relação entre tema e título de um texto.
12. Contar alguma fábula que conheça para os colegas. Resposta: Pessoal Habilidade de produção avaliada: produzir texto (oral ou escrito), a partir de outro Professor: saber parafrasear (falar/escrever com suas próprias palavras o texto de outrem) é uma importante aprendizagem de produção textual. Ao parafrasear, o aluno acaba por relacionar várias habilidades para produzir o texto, tendo em vista uma situação (finalidade e interlocutor), atentando para as especificidades do gênero do texto parafraseado. Notas: 1)se o professor desejar, os alunos podem fazer paráfrases escritas e, nesse caso, passam a ser enfatizadas as habilidades relacionadas especificamente à linguagem escrita. Ressalte-se também o processo de escrever em suas várias etapas: planejar a produção, rascunhos, revisões e versões (aluno como leitor de seu próprio texto e de outro), incorporação de sugestões, releituras e produção final; 2) seria desejável organizar uma coletânea com as fábulas trazidas pelos alunos. Se apenas orais, gravá-las em fita cassete. Se escritas, elaborar livro.
Sugestão de avaliação para 4ª série a partir de texto jornalístico
O colombiano Freddy Rincon, pivô da mais recente crise no Corinthians, volta de Miami (Estados Unidos), onde passa férias, no próximo dia 15. A informação foi dada pelo empresário do jogador, Francisco Monteiro, o Todé. "Ele deve se apresentar a seu novo clube no dia 15. No mesmo dia, dirá as razões que o fizeram sair do Corinthians", afirmou o empresário. Todé disse que conversou com Rincón, por telefone, e que não poderia dar detalhes sobre as negociações com o Santos. "Só posso dizer que um clube ofereceu
mais dinheiro, e ele resolveu sair." O diretor de futebol do Santos Paulo Ferreira negou que a viagem de Rincón, que estava na Colômbia até a semana passada, esteja sendo patrocinada pelo clube, em uma tentativa de "abaixar a poeira" do caso."Não fizemos nada disso. Nem sei onde o Rincón está agora", afirmou Ferreira, que anteontem havia declarado não saber quando o colombiano seria apresentado oficialmente à torcida santista. "Se eu te disser que já há uma data definida estou mentindo", disse o dirigente. (FM e MS)
(Folha de S. Paulo. Caderno 4, pág. 4 esporte- Quinta-feira, 3 de fevereiro de 2000)

Questões sobre o texto


1. De onde foi tirado este texto? Quem escreveu? Resposta: O texto foi tirado do jornal "Folha de S.Paulo", caderno Esporte, pág. 4, do dia 3 de fevereiro de 2000. Os jornalistas responsáveis são FM e MS da Reportagem Local. Habilidade de leitura avaliada: localizar informação no texto. Professor: se entendemos que linguagem é interação, o processo de leitura inicia-se pela análise das condições de produção do texto: quem escreveu, para quem, para quê, por quê, onde, quando e como. Por isto, a importância de trabalhar com textos reais e sua situação de produção. O aluno precisa conhecer e usar as estratégias de leitura de todo leitor maduro, ou seja, aquele que sabe qual o portador do texto que lê e como isto constitui a própria leitura. No caso desta questão da avaliação, o texto foi publicado em determinado jornal, em seu caderno de esportes (portanto, não é um jornal exclusivamente esportivo). Ainda que nos jornais e revistas em geral (com exceção dos textos opinativos), predominem textos sem autoria pessoal expressa, fizemos questão de perguntar o nome de quem escreveu apenas porque há na notícia selecionada as iniciais dos autores (FM e MS) no final do texto, com uma informação adicional no início de que se trata de notícia da reportagem local do jornal.
2. A notícia trata do quê? Resposta: a notícia é uma informação sobre a crise corinthiana porque o jogador Rincón, de férias em Miami, decidiu que não joga mais no Corinthians e vai para outro time - o Santos. Habilidade de leitura avaliada: identificar o tema central do texto Professor: para entender esta notícia, o leitor trabalha com várias informações não explicitadas no texto, mas que são seus conhecimentos prévios sobre o assunto (futebol). Neste caso, trata-se especificamente do fato de Rincón estar de férias e ter decidido trocar de time em plena vigência de seu contrato profissional.
3. Quem deu a informação da saída de Rincón do seu time? Resposta: Foi seu empresário, Francisco Monteiro, o Todé. Habilidade de leitura avaliada: localizar informação no texto. Professor: esta é uma habilidade muito exigida no processo de leitura. O que pode mudar é o assunto do texto ou sua linguagem os quais não sendo de conhecimento do leitor podem dificultar o entendimento.
4.Qual a pontuação usada nas falas do empresário ou do dirigente do Santos? Resposta: são as aspas para indicar que são palavras na íntegra e ditas por outros (que não por quem está contando o fato). Habilidade de leitura avaliada: compreender a utilização de pontuação como as aspas. Professor: o texto escrito utiliza recursos gráficos como forma de "traduzir" as situações do texto que não é oral (neste os interlocutores estão presentes, a relação entre elas ajuda a construir a interação etc). Atentar, no caso do texto da avaliação, para o uso do discurso direto, sem travessão e dois pontos, apenas com as aspas.
5.Rescreva uma das falas do empresário sem usar aspas. Respostas possíveis: a)O empresário do jogador afirmou: - Ele deve se apresentar a seu novo clube no dia 15. No mesmo dia, dirá as razões que o fizeram sair do Corinthians. b) O empresário explicou: - Só posso dizer que um clube ofereceu mais dinheiro, e ele resolveu sair. Habilidade de produção aferida: empregar, de acordo com as especificidades de cada gênero, os sinais de pontuação. Professor: este exercício de transformação trabalha com a pontuação e seu papel na construção do texto. No caso do jornal, trata-se de um texto narrativo não-ficcional - ou mais especificamente de uma notícia- e neste tipo de texto, o uso das aspas para destacar as falas das pessoas tem a ver com a diagramação e economia de espaço próprias deste veículo de comunicação. O uso de verbo "discendi" (dizer, falar, responder, afirmar, perguntar etc), de dois pontos e de travessão para marcar o discurso direto não é próprio de texto jornalístico, encontramos esta pontuação em textos narrativos ficcionais, por exemplo (veja a avaliação da 3ª série neste mesmo site). Esta diferenciação deve ser discutida com os alunos, não só em termos de que é possível dizer coisas semelhantes de formas diferentes, mas que as particularidades dos gêneros textuais também constituem as diferenças. Outro aspecto é a possibilidade de fazer uma reflexão com os alunos a respeito dos usos da linguagem. Com isto, vamos questionando a idéia de que saber a nomenclatura gramatical é suficiente.
6. Qual é a expressão no texto que vem com aspas. Por que também se usa aspas neste caso? Resposta: a expressão é "baixar a poeira". Habilidade de leitura avaliada: diferenciar em um texto registro formal de registro informal Professor: neste caso, as aspas foram usadas para marcar uma expressão de gíria. Veja que este tipo de linguagem mais informal é bem própria tanto do veículo de comunicação (um jornal) quanto das pessoas envolvidas (um empresário de futebol falando com jornalistas)
7. Qual é o título da notícia? Por que está escrito com letras maiores e de cor mais escura? Resposta: o título é De férias em Miami, meia retorna ao Brasil no dia 15 Habilidade de leitura avaliada: realizar inferências a partir de indicadores gráficos de alguns gêneros textuais. Professor: Ao título de uma notícia dá-se o nome de "manchete" que vem destacada em letras maiores e em negrito como forma de chamar a atenção do leitor . As manchetes podem "conduzir" o leitor a escolher ler ou não determinados textos. Lembramos que o jornal é um tipo de portador que pressupõe uma leitura seletiva: o leitor escolhe o que vai ler e como vai ler. Ninguém lê o jornal na íntegra, em especial seus leitores assíduos, pois o fato de acompanharem as notícias e a própria forma de apresentá-las no jornal apontam para leituras seletivas.
8. Na frase "meia retorna ao Brasil no dia 15", a palavra grifada está se referindo a quem? Resposta: ao jogador Rincón Habilidade de leitura avaliada: estabelecer relação entre partes de um texto a partir da substituição de um termo (coesão). Professor: a palavra grifada substitui o nome do jogador Rincón, tratando-se assim de u m mecanismo de coesão textual, a partir da substituição de um termo por outro.
9. Escreva uma frase usando a palavra "meia" em outro sentido diferente do usado na notícia. Resposta: Pessoal. Sugestões: Fui comprar meia no Shopping. Ela comeu apenas meia laranja. Habilidade de produção avaliada: inferir o sentido de uma palavra a partir do contexto imediato. Rica1024
Professor: a manchete do jornal traz a palavra "meia" significando uma posição de jogador de futebol dentro da tática do jogo em campo. Mesmo que o leitor desconheça esta informação, há outros aspectos do contexto que o auxiliam a entender: trata-se de uma notícia no caderno de esportes; é um assunto que provavelmente ele ouviu no rádio ou na tv, enfim já teve informações a respeito, por isto faz inferências sobre o sentido da palavra "meia" usada na notícia. No que se refere à proposta de avaliação dos alunos, é importante discutir com eles que é no contexto do texto que podemos entender os significados das palavras: "meia" também pode significar uma vestimenta ou a metade de algo. É bom ressaltar ainda que o fato de solicitarmos que os alunos elaborem uma frase com a palavra "meia" não significa que estamos defendendo a idéia de que "formar frases" seja aprender a escrever. Pelo contrário, aprende-se a escrever, escrevendo textos e não frases. O que está proposto aqui (elaborar frases) é apenas um recurso didático para que os alunos possam fazer uma reflexão a respeito dos fatos da língua no que se refere às palavras e seus sentidos dentro do contexto em que são empregadas
10. Preencha o quadro a seguir de acordo com a notícia.
Quem
Resposta: Rincón, seu empresário e um dirigente do Santos
O quê
Resposta: a notícia informa que Rincón, ainda de férias, decide sair do Corinthians
Quando
Resposta: 3/2/2000 (publicação da notícia)
Como
Resposta: a informação foi dada pelo dirigente do Santos epelo empresário que só falou com Rincón por telefone.
Habilidade de leitura avaliada: estabelecer relação entre informações num texto Professor: na avaliação da 3ª série trabalhamos com texto narrativo ficcional (fábula). Nesta avaliação de 4ª série, usamos texto narrativo também, só que não-ficcional, no caso, uma notícia. O texto jornalístico tem como objetivo informar e tem vínculo com a realidade. O texto literário (no caso da avaliação da 3ª série, uma fábula) tem uma intencionalidade estética. Desta forma, acreditamos que os alunos podem ir aprendendo com a comparação das características dos gêneros textuais e suas especificidades. Nesta questão da avaliação, retomamos elementos do texto narrativo, ou seja, personagens, ação/enredo e tempo.
11.Elabore outra manchete para a notícia lida. Resposta: Pessoal Habilidade de produção avaliada: identificar o tema central do texto para criar título coerente Professor: ver questão 12 da avaliação diagnóstica da 3ª série. Verificar também que a manchete é um texto curto, escrito com verbo no presente (para dar a idéia de atualidade) e sem pontuação ao final.
12. Escolha uma das manchetes a seguir e elabore uma notícia, colocando o nome do jornal ( pode ser inventado), data e página. Pokémon é nova mania entre as crianças Seleção brasileira pronta para Sydney Assalto acaba em morte Habilidade de produção avaliada: elaborar texto a partir das condições de produção (finalidade, gênero, interlocutor)Professor: espera-se que o aluno seja capaz de perceber que cada manchete pressupõe um interlocutor (leitor): na primeira, podem ser as próprias crianças e a manchete pode estar num encarte infantil de jornal. A segunda pode estar num jornal ou no seu caderno de esportes. A terceira em qualquer jornal; no entanto, haverá diferença se o jornal for do tipo que supervaloriza as notícias referentes à violência, crimes etc. Em todos os casos, para escrever a notícia, o aluno precisa atentar para: · a articulação das condições de produção e a forma de escrever; · a necessidade de ser escrita em colunas e parágrafos. No primeiro parágrafo, há as informações gerais: quem, o quê, onde, etc; nos demais há o detalhamento dos fatos narrados; · o tema já explicitado na própria manchete deve ir progredindo ao longo do texto; · os esquemas temporais básicos: presente x passado; · usos da pontuação e letras maiúsculas; · grafia convencional de palavras de uso mais comum; · emprego de mecanismos básicos de concordância nominal e verbal
TEXTO: A VONTADE DO FALECIDO

Stanislaw Ponte Preta

Seu Irineu Boaventura não era tão bem-aventurado(1) assim, pois sua saúde não era lá para que se diga. Pelo contrário, seu Irineu ultimamente já tava até curvando a espinha, tendo merecido, por parte de vizinhos mais irreverentes(2), o significativo apelido de “Pé-na-Cova”. Se digo significativo é porque seu Irineu Boaventura realmente já dava a impressão de que, muito brevemente, iria comer capim pela raiz, isto é, iam plantar ele e botar um jardinzinho por cima.
Se havia expectativa em torno do passamento(3) do seu Irineu? Havia sim. O velho tinha os seus guardados. Não eram bens imóveis, pois seu Irineu conhecia de sobra Altamirando, seu sobrinho, e sabia que, se comprasse terreno, o nefando(4) parente se instalaria nele sem a menor cerimônia. De mais a mais, o velho era antigão: não comprava o que não precisava e nem dava dinheiro por papel pintado. Dessa forma, não possuía bens imóveis nem ações […]. A erva dele era viva. Tudo guardado em pacotinhos, num cofrão verde que ele tinha no escritório.
Nessa erva é que a parentada botava olho grande […] principalmente depois que o velho começou a ficar com aquela cor de uma bonita tonalidade cadavérica. O sobrinho, embora mais mau-caráter do que o resto da família, foi o que teve a atitude mais leal, porque, numa tarde em que seu Irineu tossia muito, perguntou assim de supetão(5):
· Titio, se o senhor puser o bloco na rua, pra quem é que fica o seu dinheiro, hem?
O velho, engasgado de ódio, chegou a perder a tonalidade cadavérica e ficar levemente ruborizado, respondendo com voz rouca:
· Na hora em que eu morrer, você vai ver, seu cretino.
Alguns dias depois, deu-se o evento(6). Seu Irineu pisou no prego e esvaziou. Apanhou um resfriado, do resfriado passou à pneumonia, da pneumonia passou ao estado de coma(7) e do estado de coma não passou mais. Levou pau e foi reprovado.[…]
- Bota titio na mesa da sala de visitas – aconselhou Altamirando; e começou o velório. Tudo que era parente com razoáveis esperanças de herança foi velar o morto. Mesmo parentes desesperançados compareceram ao ato fúnebre(8), porque estas coisas vocês sabem bem como são: velho rico, solteirão, rende sempre um dinheirão. Horas antes do enterro, abriram o cofrão verde onde havia sessenta milhões em cruzeiros, vinte em pacotinhos de “Tiradentes” (9) e quarenta em pacotinhos de “Santos Dumont” (10):
· O velho tinha menos dinheiro do que eu pensava – disse alto o sobrinho.
E logo adiante acrescentava baixinho:
· Vai ver, gastava com mulher.
Se gastava ou não, nunca se soube. Tomou-se – isto sim – conhecimento de uma carta que estava cuidadosamente colocada dentro do cofre, sobre o dinheiro. E na carta o velho dizia: “Quero ser enterrado junto com a quantia existente nesse cofre, que é tudo o que eu possuo e que foi ganho com o suor do meu rosto, sem a ajuda de parente vagabundo nenhum.” E, por baixo, a assinatura com firma reconhecida para não haver dúvida: Irineu de Carvalho Pinto Boaventura.
Pra quê! Nunca se chorou tanto num velório sem se ligar pro morto. A parentada chorava às pampas, mas não apareceu ninguém com peito para desrespeitar a vontade do falecido. Estava todo o mundo vigiando todo o mundo, e lá foram aquelas notas novinhas arrumadas ao lado do corpo, dentro do caixão.
Foi quase na hora do corpo sair. Desde o momento em que se tomou conhecimento do que a carta dizia, que Altamirando imaginava um jeito de passar o morto pra trás. Era muita sopa deixar aquele dinheiro ali pro velho gastar com minhoca. Pensou, pensou e, na hora que iam fechar o caixão, ele deu um grito de “pera aí”. Tirou os sessenta milhões de dentro do caixão, fez um cheque da mesma importância, jogou lá dentro e disse “fecha”.
· Se ele precisar, mais tarde desconta o cheque no Banco.

(Stanislaw Ponte Preta. Dois amigos e um chato. São Paulo, Moderna, 1986)

ESTUDO DO TEXTO:
1. Por que o texto chama-se A vontade do falecido?
2. Segundo o texto, por que seu Irineu não era feliz?
3. Que fato levou os vizinhos de seu Irineu a lhe darem o apelido de Pé-na-Cova?
4. Releia:
“[…] A erva dele era viva. Tudo guardado em pacotinhos, num cofrão verde que ele tinha no escritório.
Nessa erva é que a parentada botava olho grande[…].”
1. Explique o significado da expressão destacada.
2. O que sentiam os parentes de seu Irineu em relação ao dinheiro dele?
5. Segundo o narrador, por que Altamirando foi o parente que teve a atitude mais leal com seu Irineu?
6. Em relação às atitudes dos parentes no velório de seu Irineu, indique se cada uma das afirmações a seguir é verdadeira ou falsa. Justifique sua opção.
1. Os parentes choraram muito, pois ficaram tristes com a morte de seu Irineu.
2. Os parentes eram muito unidos e confiavam uns nos outros.

7. Afinal, Altamirando conseguiu ou não “passar o morto pra trás”? Justifique sua resposta:
A LINGUAGEM DO TEXTO:

1. Informal é a linguagem descontraída, em que aparecem palavras e expressões populares. Ela é muito usada na conversa do dia-a-dia entre amigos e familiares. Veja um exemplo tirado do texto:
“[…] sua saúde não era lá para que se diga”.
Usando uma linguagem mais formal, esse trecho ficaria assim:
[…] sua saúde não era muito boa.
Indique a expressão formal que substitui adequadamente a informal destacada nos seguintes trechos:
a) “[…] seu Irineu conhecia de sobra Altamirando[…]”
( ) pouco ( ) muito bem ( ) de vista
b) “Titio, se o senhor puser o bloco na rua, pra quem é que fica o seu dinheiro, hem?”
( ) bater as botas ( ) ficar irritado ( ) falecer
3. “[…] não apareceu ninguém com peito para desrespeitar a vontade do falecido.”
( ) com medo ( ) com coragem ( ) desonesto
4. “A parentada chorava às pampas […]”
( ) feito louca ( ) fingidamente ( ) muito
5. “[…] Altamirando imaginava um jeito de passar o morto pra trás.”
( ) enganar o morto ( ) desrespeitar o morto ( ) temer o morto

2. A expressão pé-na-cova é usada na linguagem popular para dizer que uma pessoa está doente, próxima da morte.
Nas frases que seguem, aparecem outras expressões com a palavra pé. Procure explicar o significado delas.
1. Ele trabalhou muito, fez um pé-de-meia e teve uma velhice tranqüila.
2. Nosso time estreou com o pé direito no campeonato: venceu os três jogos que disputou.
3. Um bom pedreiro faria esse trabalho com um pé nas costas.
4. Para não acordar o bebê, a mulher entrou no quarto pé ante pé.

DEBATER
No texto A vontade do falecido, seu Irineu determinou que todo o dinheiro que possuía fosse enterrado junto com ele.
Discuta com seu grupo: A atitude de seu Irineu foi correta? Merecia ser apoiada? Ou teria sido melhor ele ter deixado o dinheiro para ser empregado de alguma forma?
Dêem sua opinião e procurem justificá-la com argumentos (exemplos, fatos etc.).

ESCREVER

Imagine o seguinte conjunto de fatos:
· Antes de seu Irineu morrer, você ficou sabendo que ele planejava ser enterrado junto com todo o dinheiro que possuía.
· Você conhece uma instituição de caridade (uma creche, um orfanato, um asilo etc.) que precisa muito de doações (dinheiro, roupas, alimentos) para atender melhor às pessoas que vivem nela (crianças sem família, velhinhos etc.).
· Escreva uma carta a seu Irineu, com a seguinte seqüência:
1. Na primeira linha da página, indique o nome de sua cidade e a data.
2. Pule uma linha e coloque a expressão Senhor Irineu.
3. Pule mais uma linha e escreva a carta, dividindo-a nas seguintes partes:
1ª parte: Apresente-se a ele (diga quem é você, o que faz etc.)
2ª parte: Conte a ele sobre a instituição que você conhece (onde fica, como é o dia-a-dia dos moradores, suas dificuldades etc.)
3ª parte: Peça-lhe que doe o dinheiro para essa instituição. Procure argumentar, isto é, convencê-lo de que a doação irá ajudar muito.
4. Termine a carta com uma expressão de agradecimento, como: Obrigado(a).
5. Pule duas ou três linhas e coloque seu nome.



Domingão
Domingo, eu passei o dia todo de bode. Mas, no começo da noite, melhorei e resolvi bater um fio para o Zeca.- E aí, cara? Vamos no cinema?- Sei lá, Marcos. Estou meio pra baixo...- Eu também tava, cara. Mas já estou melhor.E lá fomos nós. O ônibus atrasou, e nós pagamos o maior mico, porque, quando chegamos, o filme já tinha começado. Teve até um mane que perguntou se a gente tinha chegado para a próxima seção.Saímos de lá, comentando:- Que filme massa!- Maneiro mesmo!Mas já era tarde, e nem deu para contar os últimos babados pro Zeca. Afinal, segunda-feira é dia de trampo e eu detesto queimar o filme com o patrão. Não vejo a hora de chegar o final de semana de novo para eu agitar um pouco mais.Márcia Paganini Cavéquia1) Você conseguiu entender o texto acima?2) Em sua opinião todas as pessoas que lerem o texto conseguirão compreendê-lo? Por quê?3) Você saberia explicar o significado de cada uma das gírias do texto acima? Vamos tentar?4) Agora, depois de tentar descobrir o significado das gírias, reescreva o texto de acordo com suas sugestões.




A ÁGUA NOSSA DE CADA DIAHoje de manhã, enquanto levava meu filho para a escola, assisti a diversas cenas de desperdício.Rua após rua, homens e mulheres usavam mangueiras para lavar calçadas e carros com jorros e jorros de água potável.Nos primeiros casos cheguei a diminuir a velocidade do meu carro para sinalizar aos dissipadores que não deveriam estar fazendo aquilo. Mas eles olhavam, sem entender o que eu queria passar com os gestos... e continuavam com as torneiras abertas.Nos casos seguintes, desisti.Só olhava, desolado, toda aquela água preciosa escorrendo pela calçada, pelas sarjetas...Se voltar a percorrer o bairro nesta bela manhã de abril provavelmente vou surpreender mais dissipadores em ação.Talvez já lavando carros, mais pátios e calçadas.E vou, de novo, ficar triste com o desperdício escancarado, explícito, irresponsável.O que fazer para que nós, nossos filhos e os filhos de nossos filhos tenham água de boa qualidade e em quantidade no futuro?Acho que, para começar, falar com as crianças.Se os adultos dão lições de desperdício, as crianças podem, no tempo, reverter o processo.Enquanto crianças, podem entender melhor a necessidade de preservamos nossos recursos naturais. Água, inclusive.Quando crescerem, vão substituir os adultos insensatos de hoje já com atitudes corretas no cuidado com o meio ambiente.Longe de mim a idéia de transformar quem quer que seja em vigilante, patrulheiro, inspetor de recursos naturais.Também seria insensato. Em alguns casos até perigoso.Tem gente que não aceita críticas.Mas se cada um de nós pudesse passar aos filhos, às crianças, em geral, propostas, idéias e conselhos para buscarem a economia, a racionalização do uso da água, teríamos um início de caminho já sinalizado.E enquanto crianças e jovens vão se conscientizando, vamos pensando, num modo de chegarmos até os dissipadores adultos com orientação e informações.Pra começar, à volta da escola, já vou falando sobre o assunto com meu filho.De novo, porque lá em casa o assunto já é velho e conhecido.Mas bons conselhos podem ser repetidos... e acumulados.E cuidados com nossos recursos naturais deveriam merecer até mesmo algum tipo de saudação. Assim, como dizemos bom dia, boa noite, até logo, poderíamos começar a dizer: Salvou água, hoje? Apagou a luz que não está usando? Salvou uma árvore? Pensou nas crianças que não têm água para beber?...Pode parecer meio dramático. Mas antes um dramático falado do que sentido.Enquanto é tempo.1) Pesquise e copie em seu caderno o significado das seguintes palavras:dissipar – escancarar – explícito – insensatez – racionalizar –desolado – sarjeta - reverter - escassez2) Faça em seu caderno.Copie os períodos e reescreva-os, substituindo as palavras ou expressões destacadas por sinônimos presentes no texto.a) Se não houver melhor eficiência no uso da água, em um futuro próximo a carência desse líquido valioso será sentida e percebida abertamente aos nossos olhos..b) Os esbanjadores de água agem como dementes e nos deixam muito tristes com sua atitude irresponsável.c) Á água que corre pela valeta daquela rua vem de uma casa em que a dona deixou a mangueira jorrando água e dedica-se a conversar com a vizinha.d) É preciso voltar a situação, adotando políticas públicas sérias que tratem do uso consciente e responsável da água.3) Que elementos comprovam que o texto “A ÀGUA NOSSA DE CADA DIA” é uma crônica? Comente.4) a) Leia com atenção as afirmativas abaixo e indique se são verdadeiras ou falsas.5) ( ) O narrador do texto é um narrador-observador; não participa dos acontecimentos.3) ( ) O cronista convoca a todos para tornarem-se patrulheiros da água.9) ( ) Os dissipadores de água são os que mais a defendem e lutam por sua preservação.4) ( ) O narrador do texto é um narrador-personagem; participa dos acontecimentos.5) ( ) O cronista questiona o que pode ser feito para se resolver o grave problema da água.b) A alternativa que apresenta a soma correta das afirmativas falsas é:(a) 12(b) 9(c) 14(d) 13(e) 175) O que você faz ou pode fazer para evitar o desperdício da água em seu dia-a-dia?6) Produção de texto.Escreva um texto como se você fosse a ÁGUA deixando um recado aos habitantes do planeta Terra.Capriche. Seja criativo(a) e demonstre seus conhecimentos.

Nesta tirinha podemos trabalhar com o tema: “Verdade e Mentira”.
Metodologia: Interpretação e/ou Produção de Texto.
Usar com alunos do 5º, 4º e 3º ano do Ensino Fundamental.

1- Porque o Anjinho teve que “denunciar” o Cebolinha?
2- Que forma o Anjinho arranjou para “denunciar” o amigo?
3- O que significa este desenho que está na cabeça da Mônica?
4- Escreva, com suas palavras, os fatos acontecidos nesta tirinha. Vou iniciar…

Anjinho e Cebolinha estavam conversando, quando a Mônica chegou muito…
























Atividades com os quadrinhos da Turma da Mônica: 1- Escreva os nomes dos personagens que aparecem na historinha. 2- Numere cada personagem de acordo com a promessa feita.
( 1) Controlar a gula.
(2) Ser mais calminha
(3) Tomar banho todos os dias
(4) Falar direito

( ) Cascão
( ) Magali
( ) Mônica
( ) Cebolinha 3- Qual a promessa mais importante feita pelos amigos?

Nenhum comentário: