16 de set. de 2009


Leia:
Monteiro Lobato estava sempre criando novas histórias. A turma do Sítio
do Pica-pau Amarelo viveu muitas aventuras com personagens famosos, tais
como: Pequeno Polegar, Branca de Neve, Chapeuzinho Vermelho, Popeye,
Gato Félix, Dom Quixote e muitos outros.
Leia um trecho de uma dessas aventuras em que Pedrinho, Emília e o
Visconde vão pra a Grécia Antiga, viver uma grande aventura com Hércules,
um grande herói grego.
Para isso, utilizam o pó de pirlimpimpim. Troque idéias com seus
colegas sobre o que esse pó faz.
Preparativos
Pedrinho explicou ao Visconde os seus planos de nova viagem pelos
tempos heróicos da Grécia Antiga. “Vamos nós três, eu, você e a Emília.”
(…)
— Que quantidade de pó quer? — indagou o Visconde.
— Um canudo bem cheio.
O pó de pirlimpimpim era conduzido num canudinho de taquara-do-reino,
bem atado à sua cintura. Ele tomava todas as precauções para não perder o
precioso canudo, pois do contrário não poderia voltar nunca mais. Mas como
em aventuras arrojadas a gente tem de contar com tudo, o Visconde sugeriu
uma idéia ditada pela prudência.
— O melhor é levarmos três canudos, um com você, outro comigo e
outro com a Emília. Desse modo ficaremos três vezes mais garantidos.
(…)
No terceiro dia pela manhã já tudo estava pronto para a partida.
Pedrinho deu uma pitada de pó a cada um e contou: Um… dois e … TRÊS! Na
voz de Três, todos levaram ao nariz as pitadinhas e aspiraram-nas a um tempo.
Sobreveio o fiun e pronto.
Instantes depois Pedrinho, o Visconde e Emília acordavam na Grécia
Heróica, nas proximidades da Neméia. Era para onde haviam calculado o pó,
pois a primeira façanha de Hércules ia ser a luta do herói contra o leão da lua
que havia caído lá.
O pó de pirlimpimpim causava uma total perda dos sentidos, e depois do
desmaio vinha uma tontura da qual os viajantes saíam lentamente. Quem
primeiro falou foi Emília:
— Estou começando a ver a Grécia, mas tudo muito atrapalhado
ainda… Parece que descemos num pomar…
(…)
LOBATO, M. Os Doze Trabalhos de Hércules. São Paulo: Brasiliense, 19ª edição, 1995.

Responda:
1. Localize no texto:
a) O nome das personagens que aparecem na história.
b) O local onde essas personagens estavam e o local para onde elas foram.
c) Como as personagens conseguiram chegar lá.
d) Quem elas iriam encontrar lá.
2. Quem era o principal responsável pelo pó?
3. O que aconteceria se eles perdessem o pó?
4. O que as personagens fazem para evitar perder o pó?
5. Explique o sentido do trecho:
“Mas como em aventuras arrojadas a gente tem de contar com tudo, o
Visconde sugeriu uma idéia ditada pela prudência.”
3
6. Quando uma pessoa aspirava o pó, o que sentia?
7. Qual seria a primeira aventura de Hércules que as personagens iriam
presenciar?
8. O que você acha que as personagens sentiram quando viram Hércules
lutando contra o leão?
9. Você acha que Hércules conseguiu derrotar o leão? Por quê?
10. Faça a correspondência entre as personagens e a sua principal
característica:
Pedrinho esperta, atrevida
Visconde corajoso
Emília sábio, prudente
11. Você conhece outra aventura vivida pela turma do sítio com alguma
personagem bem conhecida como Hércules?
12. Observe e marque os verbos dos trechos abaixo:
a) Pedrinho explicou ao Visconde os seus planos de nova viagem pelos tempos
heróicos da Grécia Antiga.
b) “Vamos nós três, eu, você e a Emília”.
c) O pó de pirlimpimpim era conduzido num canudinho de taquara-do-reino (...).
d) No terceiro dia pela manhã já tudo estava pronto para a partida.
e) Pedrinho deu uma pitada de pó a cada um e contou: Um… dois e … TRÊS!
f) Instantes depois Pedrinho, o Visconde e Emília acordavam na Grécia Heróica
(...).
g) O pó de pirlimpimpim causava uma total perda dos sentidos, (...).
h) Quem primeiro falou foi Emília:
i) — Estou começando a ver a Grécia, (...).
j) Parece que descemos num pomar…
D0,1-Leia o texto abaixo.
CACHORROS
Os zoólogos acreditam que o cachorro se originou de uma
espécie de lobo que vivia na Ásia. Depois os cães se juntaram
aos seres humanos e se espalharam por quase todo o mundo.
Essa amizade começou há uns 12 mil anos, no tempo em que as pessoas
precisavam caçar para se alimentar. Os cachorros perceberam que, se não
atacassem os humanos, podiam fi car perto deles e comer a comida que sobrava.
Já os homens descobriram que os cachorros podiam ajudar a caçar, a cuidar de
rebanhos e a tomar conta da casa, além de serem ótimos companheiros. Um
colaborava com o outro e a parceria deu certo.
www.recreionline.com.br
(P04424SI) O assunto tratado nesse texto é a
A) relação entre homens e cães.
B) profi ssão de zoólogo.
C) amizade entre os animais.
D) alimentação dos cães.

D 2Leia o texto abaixo e responda às questões.
Caipora
É um Mito do Brasil que os índios já conheciam desde a época do descobrimento.
Índios e Jesuítas o chamavam de Caiçara, o protetor da caça e das matas.
Seus pés voltados para trás servem para despistar os caçadores, deixando-os
sempre a seguir rastros falsos. Quem o vê, perde totalmente o rumo, e não sabe
mais achar o caminho de volta. É impossível capturá-lo. Para atrair suas vítimas,
ele, às vezes, chama as pessoas com gritos que imitam a voz humana. É também
chamado de Pai ou Mãe-do-Mato, Curupira e Caapora. Para os Índios Guaranis, ele
é o Demônio da Floresta. Às vezes é visto montando um porco do mato.
http://www.arteducacao.pro.br/
(P04419SI) De acordo com esse texto, os pés voltados para trás da Caipora servem para
A) atrair suas vítimas.
B) despistar caçadores.
C) montar um porco do mato.
D) proteger as matas.

D3-Leia o texto abaixo e responda às questões.
O Feitiço do sapo
Eva Furnari
Todo lugar sempre tem um doido. Piririca da Serra tem Zóio. Ele é um sujeito
cheio de idéias, fi ca horas falando e anda pra cima e pra baixo, numa bicicleta pra
lá de doida, que só falta voar. O povo da cidade conta mais de mil casos de Zóio,
e acha que tudo acontece, coitado, por causa da sua sincera mania de fazer “boas
ações”. Outro dia, Zóio estava passando em frente à casa de Carmela, quando
a ouviu cantar uma bela e triste canção. Zóio parou e pensou: que pena, uma
moça tão bonita, de voz tão doce, fi car assim triste e sem apetite de tanto esperar
um príncipe encantado. Isto não era justo. Achou que poderia ajudar Carmela a
realizar seu sonho e tinha certeza de que justamente ele era a pessoa certa para
isso. Zóio se pôs a imaginar como iria achar um príncipe para Carmela. Pensou
muito para encontrar uma solução e fi nalmente teve uma grande idéia de jerico:
foi até a beira do rio, pegou um sapo verde e colocou-o numa caixa bem na porta
da casa dela.
FURNARI, Eva. O feitiço do sapo. São Paulo: Editora Ática, 2006, p. 4 e 5. Fragmento.
(P04471SI) A intenção de Zóio ao colocar um sapo na porta da casa de Carmela foi
A) ajudá-la a encontrar um príncipe encantado.
B) ajudá-la a cantar com voz mais doce ainda.
C) encontrar alguém para cuidar do sapo que vivia no rio.
D) fazer uma surpresa, dando-lhe um sapo de presente.

D5- Leia o texto abaixo e responda às questões.
O menor jornal
A jornalista Dolores Nunes é a responsável pelo menor
jornal do mundo. No dia 23, o micro jornal Vossa Senhoria,
da cidade de Divinópolis (MG), recebeu o certifi cado do
livro dos recordes, atestando que o seu jornal, com apenas
3,5 centímetros de altura e 2,5 centímetros de largura, é o
menor jornal do mundo. O jornal tem 16 páginas mensais,
tiragem de 5 mil exemplares e aborda diversos assuntos da
atualidade.
(P04464SI) O que signifi ca atestando?
A) Afi rmando por escrito.
B) Dando uma notícia.
C) Fazendo um teste.
D) Lendo com atenção.

D10- Leia o texto abaixo e responda à questão.
PRINCESA NENÚFAR ELFO-ELFA
Nasceu já bem pálida, de olhos claros e cabelos
loiros, quase brancos. Foi se tornando invisível já
na infância e viveu o resto da vida num castelo malassombrado,
com fantasmas amigos da família. Dizem
que é muito bonita, mas é bem difícil de se saber se é
verdade.
SOUZA, Flávio de. Príncipes e princesas, sapos e lagartos. Histórias modernas de tempos antigos. Editora
FTD, p. 16. Fragmento.
(P04462SI) A opinião das pessoas sobre a princesa é de que ela
A) é muito bonita.
B) é pálida, de olhos claros.
C) tem cabelos quase brancos.
D) vive num castelo.

D5- Leia o texto abaixo.
FRANGO COM QUIABO
Ingredientes:
500g de frango cortado
Suco cuado de 3 limões
3 dentes de alho amassados
Sal e pimenta a gosto
500g de quiabo
1 cebola grande cortada em cubos
3 tomates sem sementes, cortados em cubos
Salsinha a gosto.
Modo de preparo
Tempere o frango com a metade do suco de limão, os dentes de alho, sal e pimenta
e deixe nesse tempero por uma hora.
Lave bem os quiabos, corte as pontas, coloque-os em um recipiente e regue com a
outra metade do suco de limão.
Em uma panela, aqueça o azeite e doure os pedaços de frango. Acrescente a
cebola e os tomates e refogue em fogo baixo, mexendo sempre. Junte os quiabos
escorridos. Deixe cozinhar até que os quiabos estejam macios. Adicione a salsinha.
Sirva assim qe retirar do fogo.
(P04139SI) Este texto é
A) uma receita culinária.
B) a história de um frango.
C) uma instrução de jogo.
D) uma bula de remédio.

D7- Leia o texto abaixo e responda à questão.
05/05/2006
MARCELA,
vou levar as crianças para um passeio no Museu. Voltaremos
no fi nal da tarde, não se preocupe em preparar lanche para
nós.
Um abraço,
Mamãe.
(P04425SI) Esse texto serve para
A) dar uma notícia.
B) deixar um recado.
C) fazer um convite.
D) vender um produto.

D8- Observe o texto abaixo.
Maurício de Souza
(P04153SI) Na história, a mulher passa a perseguir o lobisomem. Isto aconteceu porque
A) o lobisomem não queria mais perseguir a mulher.
B) o lobisomem se transformou num homem.
C) a mulher não tem medo de lobisomem.
D) a mulher gosta de perseguir lobisomem.

D12- Leia o texto e responda às questões.
DÍDIMO, Horácio. As historinhas do mestre jabuti. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2003, p. 23.
(P04300SI) A casa que estava em pé desabou
A) por causa de um terremoto.
B) porque teve medo da bruxa.
C) porque era uma casa doida.
D) por causa das janelas abertas.

D15-Leia o texto abaixo.
A BONECA
Olavo Bilac
Deixando a bola e a peteca
Com que inda há pouco brincavam,
Por causa de uma boneca,
Duas meninas brigavam.
Dizia a primeira: “É minha!”
“É minha!” a outra gritava;
E nenhuma se continha,
Nem a boneca largava.
Quem mais sofria (coitada!)
Era a boneca. Já tinha
Toda a roupa estraçalhada,
E amarrotada a carinha.
Tanto puxaram por ela,
Que a pobre rasgou-se ao meio,
Perdendo a estopa amarela
Que lhe formava o recheio.
E, ao fi m de tanta fadiga,
Voltando à bola e à peteca,
Ambas, por causa da briga,
Ficaram sem a boneca...
Olavo Bilac, Poesias infantis. Rio de Janeiro: Ed. Francisco Alves, 1949, p. 31-32.
(P06116SI) No trecho “Que a pobre rasgou-se ao meio”, a expressão sublinhada referese
a
A) estopa.
B) peteca.
C) roupa.
D) boneca.

D19- Leia o texto abaixo e responda às questões.
O HOMEM DO OLHO TORTO
No sertão nordestino, vivia um velho chamado Alexandre. Meio caçador,
meio vaqueiro, era cheio de conversas – falava cuspindo, espumando como
um sapo-cururu. O que mais chamava a atenção era o seu olho torto, que
ganhou quando foi caçar a égua pampa, a pedido do pai. Alexandre rodou
o sertão, mas não achou a tal égua. Pegou no sono no meio do mato e,
quando acordou, montou num animal que pensou ser a égua. Era uma
onça. No corre-corre, machucou-se com galhos de árvores e fi cou sem um
olho. Alexandre até que tentou colocar seu olho de volta no buraco, mas fez
errado. Ficou com um olho torto.
RAMOS, Graciliano. História de Alexandre. Editora Record. In Revista Educação, ano 11, n. 124, p. 14.
(P04526SI) O que deu origem aos fatos narrados nesse texto?
A) O fato de Alexandre falar muito.
B) O hábito de Alexandre de falar cuspindo.
C) A caçada de Alexandre à égua pampa.
D) A caçada de Alexandre a uma onça.

D23- Leia o texto abaixo. (P04506SI) Essa tirinha é engraçada porque
A) Cascão não percebeu que o chão da casa estava limpo.
B) a mãe do Cascão não viu que ele entrava em casa.
C) as mãos do Cascão estavam tão sujas quanto seus pés.
D) as pessoas podem andar apoiadas em suas mãos.

D21-Leia o texto abaixo e responda à questão.
Conheça o robô que tem como local de trabalho
a maior fl oresta tropical do mundo!
Ele tem uma tarefa muito importante: cuidar da fl oresta amazônica. Esse guardião
é capaz de andar na água, na lama, na terra e na vegetação – e sem fazer barulho,
para não incomodar nem os animais nem os moradores do lugar. Ele também é
forte, agüenta até mordida de jacaré! E consegue obter dados importantes sobre a
Amazônia, além de coletar amostras do local. Ele é o robô ambiental híbrido Chico
Mendes.
www.cienciahoje.uol.com.br
(P04519SI) Leia novamente a frase abaixo.
Ele tem uma tarefa muito importante: cuidar da fl oresta amazônica.
Nessa frase, o uso dos dois pontos (:) serve para
A) anunciar uma explicação.
B) demonstrar surpresa.
C) indicar que alguém vai falar.
D) marcar uma pergunta.

D13-Leia o texto abaixo.
Folha de São Paulo, Caderno Folhinha, 24 de maio de 2003, p. 3.
(P06109SI) O texto que você leu foi escrito para
A) mulheres.
B) crianças.
C) viajantes.
D) desenhistas.


9º ano

D1- Identificar o tema ou o sentido global de um texto
Essa habilidade, mais complexa, requer do aluno uma série de tarefas cognitivas para chegar ao
tema. Para o sucesso dessa tarefa, é importante a observação dos tópicos textuais, a relação entre
os diferentes tópicos do texto, a recorrência de palavras e expressões e outros marcadores do
texto.
Os itens relativos a esse descritor buscam aferir a capacidade de identificar o núcleo temático que
confere unidade semântica ao texto.
Veja o exemplo de um item que avalia essa habilidade no 9º ano do EF.
Leia o texto abaixo e responda às questões.
Lambe-lambe
Por Márcio Cotrim
Nome de profi ssional que perdeu espaço na era da foto digital pode ajudar
a entender a evolução da imagem fotográfi ca
Os leitores mais jovens não devem saber o que é isso. A eles, já
explico. Anos atrás, “lambe-lambe” era o fotógrafo instantâneo querido
e popular que, trabalhando ao ar livre – geralmente em jardins públicos
–, produzia, com pouquíssimos recursos de que dispunha, fotos que
retratavam, para a posteridade, fl agrantes muito especiais. Aquele sujeito
circunspecto, todo paramentado, a mocinha casadoira, a família reunida
durante um passeio, o casal enamorado, momentos que se esvaem na
poeira dos anos.
Com a evolução tecnológica e a pressa de hoje, sobrevivem raros
lambes-lambes, sobretudo nas pequenas cidades do interior, fazendo
apenas retratos tipo 3x4 para documentos.
Mas por que era chamado de lambe-lambe? “Lamber” vem do latim
lambere, com o mesmo signifi cado que conhecemos. O curioso nome
tem origem num gesto comum no antigo exercício da profi ssão. É que
o fotógrafo usava a saliva, lambia o material sensível para marcar
e identifi car de que lado estava a emulsão química usada para fi xar a
imagem no papel ou chapa, e não colocá-lo do lado errado na hora bater
a fotografi a.
(...)
Língua Portuguesa. Ano II. Número 20. 2007. p.65.
(P09157SI) Esse texto trata
A) da origem do nome lambe-lambe.
B) da nova tecnologia usada nas fotos.
C) da profi ssão de fotógrafo do passado.
D) dos materiais usados em foto antiga.
E) dos momentos gravados nas fotos.

Leia o texto abaixo.
PARE DE FUMAR
O hábito de fumar pode ser considerado uma toxicomania? Se defi nirmos a
toximania como “uma tendência irresistível de consumir uma substância tóxica”,
o fumante inveterado deve ser classifi cado como um toxicômano.
Foram os espanhóis, no século XVI, que introduziram o tabaco na Europa,
a princípio consumido por soldados e marinheiros, que mascavam a erva e
fumavam em cachimbo. No início do século XX, o hábito de fumar difundiu-se por
todos os países, em todos os níveis sociais, tornando-se autêntica toxicomania,
apesar das advertências dos males que seu uso poderia provocar. É uma droga
que mata.
A diferença entre as toxicomanias clássicas (cocaína, heroína, morfi na,
maconha, anfetaminas, álcool) está no fato de que o tabaco não modifi ca a
personalidade do usuário e, embora possa produzir efeitos estimulantes ou
relaxantes, jamais afeta o equilíbrio mental. O uso continuado causa efeitos
orgânicos irreversíveis, que são letais, e o índice de mortalidade é proporcional
ao número de cigarros consumidos, sobretudo na faixa etária entre os 45 e 50
anos de idade.
A sociedade tem pago um tributo elevadíssimo pelo hábito de fumar: mortes
prematuras, doenças crônicas incapacitantes, diminuição de rendimento no
trabalho.
Nelson Senise, JB, 8/9/92, 1* CADERNO, P. 11
(P11198SI) O texto tem como tema
A) as doenças crônicas.
B) as vantagens do fumo.
C) o fumo como toxicomania.
D) a história do fumo.
E) as toxicomanias clássicas. D2. Localizar informações explícitas em um texto
As informações a que essa habilidade se refere podem ser localizadas a partir de marcas textuais. Um leitor
competente e atento às pistas do texto é capaz de localizar uma informação dada explicitamente ou em
forma de paráfrase.
O grau de complexidade dessa tarefa pode estar associado à localização da informação no texto (início,
meio, fim), extensão do texto e o fato de a informação estar explicitamente dada na base textual ou sob
forma de paráfrase.
Veja o exemplo de um item que avalia essa habilidade no 9o ano EF.
Leia o texto abaixo.
Por que milho não vira pipoca?
Não importa a maneira de
fazer pipoca. Sempre que se
chega ao fi nal do saquinho,
lá estão os duros e ruidosos
grãos de milho que não
estouraram. Essas bolinhas
irritantes, que já deixaram
muitos dentistas ocupados,
estão com os dias contados.
Cientistas norte-americanos
dizem que agora sabem, por
que alguns grãos de milho de
pipoca resistem ao estouro.
Há algum tempo já se sabe
que o milho de pipoca precisa
de umidade no seu núcleo de
amido, cerca de 15%, para
explodir. Mas pesquisadores
da Universidade Purdue
descobriram que a chave para
um bem–sucedido estouro do
milho está na casca.
“ Se muita
umidade
escapar, o
milho perde
a habilidade
de estourar e
apenas fi ca
ali
” Bruce Hamaker,
professor de química
alimentar
É indispensável uma
excelente estrutura de casca
para que o milho vire pipoca.
“Se muita umidade escapar,
o milho perde a habilidade
de estourar e apenas fi ca
ali”, explica Bruce Hamaker,
um professor de química
alimentar da Purdue.
Estado de Minas. 25 de abril de 2005.
(P09107SI) Para o milho estourar e virar pipoca é preciso que
A) a casca seja mais úmida que o núcleo.
B) a casca evite perda de umidade do núcleo.
C) o núcleo de amido estoure bem devagar.
D) o núcleo seja mais transparente que a casca.
E) a casca seja mais amarela que o núcleo.

Leia o texto abaixo e responda às questões.
Hierarquia
Diz que um leão enorme ia andando chateado, não muito rei dos animais,
porque tinha acabado de brigar com a mulher e esta lhe dissera poucas e boas.
Ainda com as palavras da mulher o aborrecendo, o leão subitamente se defrontou
com um pequeno rato, o ratinho menor que ele já tinha visto. Pisou-lhe a cauda
e, enquanto o rato forçava inutilmente para fugir, o leão gritou: “Miserável criatura,
estúpida, ínfi ma, vil, torpe: não conheço na criação nada mais insignifi cante
e nojenta. Vou te deixar com vida apenas para que você possa sofrer toda a
humilhação do que lhe disse, você, desgraçado, inferior, mesquinho, rato!” E
soltou-o. O rato correu o mais que pôde, mas, quando já estava a salvo, gritou
pro leão: “Será que Vossa Excelência poderia escrever isso pra mim? Vou me
encontrar agora mesmo com uma lesma que eu conheço e quero repetir isso pra
ela com as mesmas palavras!”
MORAL: Afi nal, ninguém é tão inferior assim.
SUBMORAL: Nem tão superior, por falar nisso.
Millôr Fernandes. Fábulas fabulosas. Rio de Janeiro: Nórdica, 1985.
(P11528SI) Ao encontrar um ratinho, o leão aproveitou a oportunidade para
A) amedrontar o pobre rato.
B) descarregar a sua raiva.
C) mostrar sua autoridade.
D) usar um vocabulário difícil.
E) vingar-se de sua mulher.

D3- Inferir informações implícitas em um texto
Diversas informações, em um texto, não são apresentadas na base textual, mas podem ser
pressupostas, a partir de pistas do texto.
Por meio de itens relativos a esse descritor, avalia-se a capacidade de buscar, nas entrelinhas, os
sentidos do texto a partir da articulação das proposições explícitas e do conhecimento de mundo
do leitor.
Veja um item que avalia essa habilidade no 9º ano do EF.
Leia o texto abaixo.
O Feitiço do sapo
Eva Furnari
Todo lugar sempre tem um doido. Piririca da Serra tem Zóio. Ele é um sujeito
cheio de idéias, fi ca horas falando e anda pra cima e pra baixo, numa bicicleta pra
lá de doida, que só falta voar. O povo da cidade conta mais de mil casos de Zóio,
e acha que tudo acontece, coitado, por causa da sua sincera mania de fazer “boas
ações”. Outro dia, Zóio estava passando em frente à casa de Carmela, quando a
ouviu cantar uma bela e triste canção. Zóio parou e pensou: que pena, uma moça
tão bonita, de voz tão doce, fi car assim triste e sem apetite de tanto esperar um
príncipe encantado. Isto não era justo. Achou que poderia ajudar Carmela a realizar
seu sonho e tinha certeza de que justamente ele era a pessoa certa para isso. Zóio
se pôs a imaginar como iria achar um príncipe para Carmela. Pensou muito para
encontrar uma solução e fi nalmente teve uma grande idéia de jerico: foi até a beira
do rio, pegou um sapo verde e colocou-o numa caixa bem na porta da casa dela.
FURNARI, Eva. O feitiço do sapo. São Paulo: Editora Ática, 2006, p. 4 e 5. Fragmento.
(P04471SI) A intenção de Zóio ao colocar um sapo na porta da casa de Carmela foi
A) ajudá-la a encontrar um príncipe encantado.
B) ajudá-la a cantar com voz mais doce ainda.
C) encontrar alguém para cuidar do sapo que vivia no rio.
D) fazer uma surpresa, dando-lhe um sapo de presente.

A seguir, um item utilizado para avaliar essa habilidade no 3o ano EM.
Leia o texto abaixo.
Morte e vida severina
(Fragmento)
– O meu nome é Severino,
como não tenho outro de pia.
Como há muitos Severinos,
que é santo de romaria,
deram então de me chamar
Severino de Maria;
como há muitos Severinos
com mães chamadas Maria,
fi quei sendo o da Maria
do fi nado Zacarias.
Mas isso ainda diz pouco:
há muitos na freguesia,
por causa de um coronel
que se chamou Zacarias
e que foi o mais antigo
senhor desta sesmaria.
Como então dizer quem fala
ora a Vossas Senhorias?
Vejamos: é o Severino
da Maria do Zacarias,
lá da serra da Costela,
limites da Paraíba.
MELO NETO, João Cabral de. Morte e vida Severina e outros poemas em voz alta. 34a ed, Rio de Janeiro:
Editora Nova Fronteira, 1994.
(P11523SI) Com base nesse fragmento do poema, pode-se afi rmar que o narrador
A) fala de sua mãe.
B) explica ao leitor quem é.
C) indica para onde quer ir.
D) fala sobre todos os bens.
E) diz o nome de batismo.

D5- Inferir o sentido de uma palavra ou expressão
Observe o exemplo de um item que avalia essa habilidade no 9º ano do EF.
Leia o texto abaixo.
(P08251SI) O uso da expressão “fi nalmente”, no primeiro quadrinho, indica que a
arrumação foi
A) completa.
B) corrida.
C) demorada.
D) mal feita.

D10- Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato
A seguir, um item que avalia essa habilidade no 9º ano do EF.

Leia o texto abaixo.
Deitada na calçada, Dona Belarmina, 71 anos, parece até serena, quase
adormecida embaixo do cobertor quadriculado, a cabeça apoiada em pedaços
dobrados de papelão, que lhe servem também de colchão. Ainda é cedo, oito da
noite, e o movimento de carros e pessoas é intenso. Ninguém presta atenção.
“Já perdi tudo, até a vergonha”, diz a voz quase inaudível. Perdeu a família,
que lhe virou as costas quando se tornou um peso difícil de se sustentar. Perdeu
as condições de trabalhar “Eu era uma mulher trabalhadeira.” Perdeu o interesse
pela vida. Não sabe quem é o Presidente da República, nem o Governador, nem o
Prefeito. “E eles sabem que eu existo? Ninguém sabe nem que eu estou viva!”
Jornal do Brasil. Rio de Janeiro, 4 jun. 2000. p.4.
(P11325SI) Em qual das citações abaixo está expressa uma opinião do jornalista, autor
do texto?
A) “Dona Belarmina, 71 anos,...”
B) “Ainda é cedo, oito da noite,...”
C) ...parece até serena, quase adormecida...”
D) “a cabeça apoiada em pedaços de papelão,...”
E) “...o movimento de carros e pessoas é intenso.”

D6. Identificar o gênero de um texto
A seguir, veja um item que avalia essa habilidade no 3º ano EM.

Leia o texto abaixo.
Eureka: no Pólo descobri a terra
Acordamos às 6 h do dia 20 de abril para ir a Iqaluit. Às 8 h já tínhamos
lotado o ônibus com algumas toneladas de material e em poucos minutos
estávamos no aeroporto. Partimos às 10 h.
Enquanto voávamos na direção norte, olhando da janela do avião, vimos o
terreno mudar constantemente. O número de árvores diminuía cada vez mais,
os lagos iam fi cando congelados e o solo, branco de neve.
Depois de três horas de vôo, descemos em Iqaluit, uma cidade de 3 mil
habitantes, antigamente um povoado de esquimós.
Anne D’Heursel. Eureka: no Pólo descobri a terra. São Paulo, FTD, 1992. Fragmento.
(P11515SI) Esse texto pertence ao gênero
A) carta.
B) conto.
C) crônica.
D) relato.
E) sinopse.

D7- Identificar a função de textos de diferentes gêneros
A seguir, veja um item que avalia essa habilidade no 9º ano EF.
Leia o texto abaixo.
ANÚNCIO: ASTRA ANO 2002
Expression, prata, duvido igual!
estado de zero. R$27.000,00.
Urgente. Tratar: 2222-22-22
(P04442SI) Para que serve esse texto?
A) Contar uma história.
B) Dar um aviso.
C) Dar uma notícia.
D) Vender um produto.

D8- Interpretar texto que conjuga linguagem verbal e
não-verbal
A seguir, o exemplo de um item que avalia essa habilidade no 9o ano do EF.

(P09001CD) De acordo com o mapa pode-se concluir que
A) vai chover em todo o estado de Minas, durante a semana.
B) todo o estado estará sujeito a pancadas violentas de chuva.
C) na maior parte do estado predomina tempo aberto com sol.
D) na maior parte do estado predomina tempo semi-nublado.
E) vai chover apenas na região Sul e Zona da Mata.

Veja o exemplo de um item que avalia essa habilidade no 3º ano do EM.

Leia o texto abaixo e responda à questão.
(P11543SI) Com base nessa tirinha, pode-se afi rmar que a menina
A) achou que a notícia que ouvia em inglês era sobre invasão.
B) costumava assistir todos os dias às aulas de inglês pelo rádio.
C) entendeu de forma correta toda a aula o que ouviu em inglês.
D) fazia sempre tradução simultânea do inglês para o português.
E) tinha o hábito de ouvir músicas e notícias, em inglês, pelo rádio.

TóPICO III
RELAÇÃO ENTRE TEXTOS
Na Matriz de 9º ano EF e do 3º ano EM, há apenas dois descritores para avaliar essa habilidade, os
quais veremos a seguir.
D18. Reconhecer posições distintas entre duas ou mais
opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema
Leia o texto abaixo.
SER FELIZ
TEXTO 1
“SER FELIZ É SABER APRECIAR AS COISAS
LINDAS QUE A VIDA OFERECE. E É IMPORTANTE
TER CONSCIÊNCIA DE QUE A NOSSA PERCEPÇÃO
INTERNA DIMENSIONA O EXTERNO – É ISSO QUE
NOS FAZ SENTIR PRAZER EM COZINHAR, COMPOR,
CANTAR, PARTILHAR AS COISAS BOAS... ISSO
FICA MAIS FÁCIL QUANDO PERCEBEMOS NOSSOS
EQUÍVOCOS E CONSEGUIMOS TOMAR O CONTROLE
DO BARCO. MINHA FELICIDADE NÃO PODE
DEPENDER DE NINGUÉM QUE NÃO SEJA EU MESMA
E, PARA ISSO, É FUNDAMENTAL ME LIBERTAR DO
ENTULHO E BUSCAR OS MEUS PRÓPRIOS FLUXOS.
AS SITUAÇÕES DIFÍCEIS NOS FAZEM VALORIZAR
AS PEQUENAS CONQUISTAS DO COTIDIANO E A
MATURIDADE TRAZ EQUILÍBRIO, AUTO-ESTIMA,
COMPAIXÃO, MUITAS CONQUISTAS PESSOAIS
IMPORTANTES.”
Wanderléia, 58 anos, cantora.
TEXTO 2
“SE FELICIDADE FOR AUSÊNCIA DE PROBLEMAS,
NÃO EXISTE. SE FOR UM SENTIR-SE BEM NA
PRÓPRIA PELE, GOSTAR DA VIDA, QUERER VIVER,
ENTÃO EXISTE. É UMA QUESTÃO DE SER MAIS
OU MENOS AMARGURADO, OU MAIS AMOROSO
E ESPERANÇOSO. NO DIA-A-DIA BUSCO SER
TÃO FELIZ QUANTO POSSO... FIQUEI VIÚVA PELA
PRIMEIRA VEZ AOS QUARENTA E NOVE ANOS,
PELA SEGUNDA, AOS 57. CADA VEZ ACHEI
QUE TUDO TINHA TERMINADO, MAS CADA VEZ
OS FILHOS, OS AMIGOS, O TRABALHO E AS
PRÓPRIAS MEMÓRIAS BOAS DOS AMADOS QUE
TINHAM PARTIDO ME AJUDARAM A RENASCER
E QUERER, NÃO APENAS SOBREVIVER, MAS
VIVER.”
Lya Luft, 66 anos, escritora.
Revista Marie Claire, abril de 2005.
(P08295SI) Qual é a opinião comum às duas autoras?
A) As pessoas dependem de si mesmas para serem felizes.
B) As pessoas podem sobreviver a períodos de infelicidade.
C) A maturidade dá condições de as pessoas serem mais felizes.
D) A felicidade depende de as pessoas reconhecerem os próprios erros.


D20- Reconhecer diferentes formas de abordar uma
informação ao comparar textos que tratam do mesmo tema
A seguir, veja um item que avalia essa habilidade no 9º ano EF.
Leia o texto abaixo.
Texto I Texto II
A distribuição da água no mundo, no Brasil
e na Amazônia
(Fragmento)
O volume total de água na Terra não
aumenta nem diminui: é sempre o mesmo.
Hoje somos mais de 5 bilhões de pessoas que,
com outros seres vivos, repartem essa água. O
desenvolvimento do ser humano está em grande
parte relacionado à quantidade e à qualidade da
água.
Cada pessoa gasta por dia, em média,
40 litros de água: bebendo, tomando banho,
escovando os dentes, lavando as mãos antes
das refeições etc.
Apenas 0,7% do volume total de água da
Terra é formado por água potável, isto é, pronta
para o consumo humano. Hoje em dia, quase
2 bilhões de pessoas não dispõem de água
potável.
Hoje, 54% da água disponível anualmente
está sendo consumida, dos quais 2/3 na
agricultura. Em 2025, 70% será consumida,
apenas considerando o aumento da população.
Caso os padrões de consumo dos países
desenvolvidos forem estendidos à população
mundial, estaremos consumindo 90% da água
disponível.
www.iepa.ap.gov.br/ . Acesso 22/07/2007
Planeta água
Água que nasce na fonte serena do mundo
E que abre um profundo grotão
Água que faz inocente riacho e deságua na
corrente do ribeirão
Águas escuras dos rios que levam a fertilidade
ao sertão
Águas que banham aldeias e matam a sede
da população
Águas que caem das pedras no véu das
cascatas, ronco de trovão
E depois dormem tranqüilas no leito dos lagos,
no leito dos lagos
Água dos igarapés, onde Iara, a mãe d’água e
misteriosa canção
Água que o sol evapora, pro céu vai embora,
virar nuvem de algodão
Gotas de água da chuva, alegre arco–íris sobre
a plantação
Gotas de água da chuva, tão triste, são lágrimas
na inundação
Águas que movem moinhos são as mesmas
águas que encharcam o chão
E sempre voltam humildes pro fundo da terra,
pro fundo da terra
Terra, planeta água...
www.vagalume.com.br/guilherme–arantes/planeta–agua.html
(P08314SI) Esses dois textos falam da
A) água das indústrias.
B) água da população.
C) água no mundo.
D) água no banho.

A Galinha e os Ovos de Ouro




Um camponês e sua esposa possuiam uma galinha, que todo dia sem falta, botava um ovo de ouro. Supondo que dentro dela deveria haver uma grande quantidade de ouro, eles então a sacrificam, para enfim pegar tudo de uma só vez. Então, para surpresa dos dois, viram que a ave, em nada era diferente das outras galinhas. Assim, o casal de tolos, desejando enriquecer de uma só vez, acabam por perder o ganho diário que já tinham assegurado.
Autor: Esopo
Moral da História: Quem tudo quer, tudo perde.


Fábulas Ilustradas: A Galinha e os Ovos de Ouro - © Copyright 1998-2009 http://www.sitededicas.com.br


Questões Sobre a Fábula
1. Que tipo de benefício proporcionava a Galinha todos os dias para seus donos?
2. Por que os camponeses resolveram sacrificar a Galinha? Eles lucraram com isso?
3. Você é capaz de dizer qual o sentimento que motivou os camponeses a sacrificarem o animal?
4. Você seria capaz de descrever, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?

A Águia e a Gralha




Uma Águia, saindo do seu ninho no alto de um penhasco, capturou uma ovelha e a levou presa às suas fortes garras. Uma Gralha, que testemunhara a tudo, tomada de inveja, decidiu que poderia fazer a mesma coisa. xxxxxxxxEla então voou para alto e tomou impulso, e com grande velocidade, atirou-se sobre uma ovelha, com a intenção de também carregá-la presa às suas garras. xxxxxxxxOcorre que estas acabaram por ficar embaraçadas no espesso manto de lã da Ovelha, e isso a impediu inclusive de soltar-se, embora o tentasse com todas as suas forças. xxxxxxxxO Pastor das ovelhas, vendo o que estava acontecendo, capturou-a. Feito isso, cortou suas penas, de modo que não pudesse mais voar. À noite a levou para casa, e entregou como brinquedo para seus filhos. xxxxxxxx“Que pássaro engraçado é esse?”, perguntou um deles. xxxxxxxx“Ele é uma Gralha meus filhos. Mas se você lhe perguntar, ele dirá que é uma Águia.”
Autor: Esopo
Moral da História: Não devemos permitir que a ambição nos conduza para além dos nossos limites.

Questões Sobre a Fábula
1. Que tipo de sentimento humano quis o autor representar na fábula?
2. A Gralha foi bem sucedida ao tentar imitar a Águia? Na sua opinião, Por quê?
3. Você seria capaz de descrever, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?

O Mosquito e o Touro




xxxxxxxxUm Mosquito que estava voando, a zunir em volta da cabeça de um Touro, depois de um longo tempo, pousou em seu chifre, e pedindo perdão pelo incômodo que supostamente lhe causava, disse: “Mas, se, no entanto, meu peso incomoda o senhor, por favor é só dizer, e eu irei imediatamente embora!” xxxxxxxxAo que lhe respondeu o Touro: “Oh, nenhum incômodo há para mim! Tanto faz você ir ou ficar, e, para falar a verdade, nem sabia que você estava em meu chifre.” xxxxxxxxCom frequência, diante de nossos olhos, julgamos-nos o centro das atenções e deveras importantes, bem mais do que realmente somos diante dos olhos do outros.
Autor: Esopo
Moral da História: Quanto menor a mente, maior a presunção.
Questões Sobre a Fábula xxxx
1. Ao pousar sobre o chifre do Touro, por que o Mosquito julgou que o estivesse incomodando? xxxx
2. Sentiu-se o Touro incomodado com a presença do mesmo? xxxx
3. Queria o Autor representar para nós, através da fábula, algum sentimento próprio da natureza humana? Supondo que essa fosse sua intenção, na sua opinião, qual seria este sentimento? xxxx
4. Você seria capaz de descrever, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?

Os Viajantes e a Bolsa de Moedas




Dois homens viajavam juntos ao longo de uma estrada, quando um deles encontrou uma bolsa cheia de alguma coisa. E ele disse: “Veja que sorte a minha, encontrei uma bolsa, e a julgar pelo peso, deve estar cheia de moedas de ouro.” xxxxxxxxE lhe diz o companheiro: “Não diga encontrei uma bolsa; mas, nós encontramos uma bolsa, e quanta sorte temos. Amigos de viagem devem compartilhar as tristezas e alegrias da estrada.” xxxxxxxxO “sortudo”, claro, se nega a dividir o achado. Então escutam gritos de: “Pega ladrão!”, vindo de um grupo de homens armados com porretes, que se dirigem, estrada abaixo, na direção deles. O viajante “sortudo”, logo entra em pânico, e diz. “Estamos perdidos se encontrarem essa bolsa conosco.” xxxxxxxxReplica o outro: “Você não disse ‘nós’ antes. Assim, agora fique com o que é seu e diga, ‘Eu estou perdido’.”
Autor: Esopo
xxxxxxxxMoral da História: Não devemos exigir que alguém compartilhe conosco as desventuras, quando não lhes compartilhamos também as nossas alegrias.

Questões Sobre a Fábula xxxx
1. Ao encontrarem a bolsa com moedas à beira da estrada, os dois viajantes, entre si, resolveram compartilhar do achado? xxxx
2. Na sua opinião, os dois viajantes eram amigos? xxxx
3. O autor tenta simbolizar para nós algum sentimento humano a partir da parábola? Você saberia identificar qual seria, caso houvesse, esse sentimento? xxxx
4. Você seria capaz de descrever, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?


A Formiga e a Pomba




Uma Formiga foi à margem do rio para beber água, e sendo arrastada pela forte correnteza, estava prestes a se afogar. Uma Pomba, que estava numa árvore sobre a água observando a tudo, arranca uma folha e a deixa cair na correnteza perto da mesma. Subindo na folha a Formiga flutua em segurança até a margem. Eis que pouco tempo depois, um caçador de pássaros, oculto pelas folhas da árvore, se prepara para capturar a Pomba, colocando visgo no galho onde ela repousa, sem que a mesma perceba o perigo. A Formiga, percebendo sua intenção, dá-lhe uma ferroada no pé. Do susto, ele deixa cair sua armadilha de visgo, e isso dá chance para que a Pomba desperte e voe para longe, a salvo.
Autor: Esopo
Moral da História: Nenhum ato de boa vontade ou gentileza é coisa em vão.
Questões Sobre a Fábula
1. Você é capaz de identificar quais os tipos de sentimentos que o autor tenta representar na fábula?
2. Por que a Pomba resolveu ajudar a Formiga? Como foi que ela ajudou?
3. O que a Formiga fez para retribuir o favor recebido? O que aconteceu depois?
4. Você seria capaz de descrever, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?
A Lebre e a Tartaruga




Um dia, uma Lebre ridicularizou as pernas curtas e a lentidão da Tartaruga. A Tartaruga sorriu e disse: "Pensa você ser rápida como o vento; Mas Eu a venceria numa corrida." xxxxA Lebre claro, considerou sua afirmação algo impossível, e aceitou o desafio. Convidaram então a Raposa, para servir de juiz, escolher o trajeto e o ponto de chegada. xxxxE no dia marcado, do ponto inicial, partiram juntos. A Tartaruga, com seu passo lento, mas firme, determinada, em momento algum, parou de caminhar. xxxxMas a Lebre, confiante de sua velocidade, despreocupada com a corrida, deitou à margem da estrada para um rápido cochilo. Ao despertar, embora corresse o mais rápido que pudesse, não mais conseguiu alcançar a Tartaruga, que já cruzara a linha de chegada, e agora descansava tranqüila num canto. xxxx
Autor: Esopo
Moral da História: Ao trabalhador que realiza seu trabalho com zelo e persistência, sempre o êxito o espera.
Questões Sobre a Fábula
1. Na sua opinião, Por que a lebre aceitou o desafio da Tartaruga?
2. O que aconteceu depois que os dois competidores partiram do ponto inicial?
3. Você consegue relatar alguma situação da vida real que se assemelhe ao exemplo da fábula?
4. Você seria capaz de descrever, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?




Piadas
O Bom aluno
Anúncio de "precisa-se" colocado em jornal por um menino de dez anos: "Desejo entrar em contato com homens que tenham terminado o curso primário em 1960 e que tenham conhecido meu pai naquela época. Objetivo: verificar se êle era tão bom aluno como diz."

A Sábia Natureza
A natureza, explicava a professora, trata sempre de dar compensações. Por exemplo, se uma pessoa perde um olho, a vista do outro torna-se mais forte, e se ensurdece dum ouvido, fica ouvindo muito mais nitidamente com o outro, e assim por diante. A senhora tem razão, falou o aluno lá do fundo, também já percebi isso. Por exemplo, eu notei que quando um homem tem uma perna mais curta que a outra, a outra é sempre mais comprida!

O Primeiro dia de Aula
O menino voltou do seu primeiro dia de aula, e o pai lhe perguntou como havia se saido. Não volto mais lá, respondeu indignado. Mas por quê? Não sei ler, não sei escrever... de jeito nenhum me deixam falar... Então o que é que vou fazer lá?

Atraso Inesperado
A mãe pergunta: Por que você está chegando tão tarde da escola, meu filho? Responde o menino: O chofer do ônibus enguiçou!


O Valor Nutritivo dos Alimentos
Para termos uma vida saudável, devemos nos alimentar de forma correta, dizia a professora, Por isso é importante sabermos o valor nutritivo dos alimentos. Paulinha, dê um exemplo de alimento que engorda! Pão, professora... respondeu Paulinha. Exatamente, enfatizou a professora, pão é um dos alimentos que mais engorda. Errado professora, gritou o aluno lá do fundo, O pão não engorda e sim quem o come!

Boas Maneiras
Joãozinho, argumentava a professora, Suponha que somos convidados para almoçar na casa de um Amigo. Acabado o almoço, o que devemos dizer? Cadê a sobremesa!

O Boletim
O Pai com o boletim na mão, diz para o filho: É uma pena que não dêem nota de coragem. Você teria nota 10 por trazer isto para casa!

Resposta Original
Joãozinho, pergunta a professora, o que é que acontece quando há eclipse de sol? Todo mundo sai à rua para ver!


O Desenhista
A Professora pegou Joãozinho na sala de aula desenhando caricaturas de seus amiguinhos. Tomou seu caderno e disse: Vamos mostrar para a diretora e ver o que ela acha disso! Chegando na sala da diretora, após esta olhar com atenção para os desenhos, exclamou com ironia: Muito bonito isso não é seu Joãozinho? Respondeu Joãozinho com a maior naturalidade do mundo: Bonito e bem desenhado. Na verdade, eu sempre soube que era um grande artista, mas a modéstia me impedia de falar sobre o assunto. Mas agora, vindo da senhora, sei que é sincero, por isso fico muito contente!

Uma Questão de Lógica
Depois de aplicar uma tarefa de múltiplas escolhas, onde os alunos teriam que responder apenas SIM ou NÃO a cada uma das perguntas, a professora, sentada em seu birô, comenta o resultado. A seguir ela se dirige a um aluno, um dos mais falantes da turma, e avalia o desempenho do mesmo. Você conseguiu o que ninguém conseguiu. Considero uma verdadeira proeza, e eu mesma achei que isso não seria possível. Pois imagine que você conseguiu ERRAR à todas as questões, o que que considero uma façanha, por isso mesmo vai receber a menor nota! Ele não se abala e contesta. Acho isso injusto, pois se o que fiz foi uma façanha, merecia a melhor nota!

Complete a Frase
Diz a professora: Vamos completar a seguinte frase popular: "Melhor um pássaro na mão do que dois..." Diz alguém lá do fundo: Elefantes!


Interpretação

1-Em “Um velho galo matreiro, percebendo...” – a palavra sublinhada significa:
A( ) notando
B( ) adivinhandoC( ) supondoD( ) prevenindo

2- Em ...”percebendo a aproximação da raposa...” – apalavra sublinhada pode ser substituída por:
A( ) propostaB( ) intençãoC( ) vozD( ) chegada

3- E “empoleirou-se numa arvore” – a palavra sublinhada pode ser substituída por:
A( ) escondeu-se
B( ) subiuC( ) pulouD( ) encolheu-se

4- Em “a raposa, desapontada, murmurou consigo” – a palavra sublinhada significa:
A( ) disse em voz baixa
B( ) falou disfarçadamenteC( ) resmungouD( ) pensou

5- Em “Muito bem! – exclamou o galo.”- a palavra sublinhada significa:
A( )falar em voz alta e com admiração.
B( ) falar em tom de censura.
C( ) falar demonstrando aprovação.
D( ) falar em tom autoritário.

6- Em “Que beleza vai ficar o mundo, limpo de guerras” – a expressão sublinhada equivale a:
A( ) entre asB( ) apesar dasC( ) longe dasD( ) sem as

7- Em “... e tratou de por a fresco”, a expressão sublinhada quer dizer:
A( ) ir para um lugar que não faça tanto calor.B( ) sair para o ar livre.C( ) ir saindo.D( ) colocar-se a salvo.

8- Em “E raspou-se” significa:
A( ) saiu calmamente.
B( ) saiu precipitadamente.C( ) escondeu-se.D( ) feriu-se.

9- Quando o galo se empoleirou na arvore, a raposa ficou:
A( ) zangada.
B( ) decepcionada.
C( ) indiferente.
D( ) contente.

10-A respeito da atitude do galo, a raposa pensou consigo mesma – “Deixe estar, seu malandro, que já te curo!” – Isso significa que ela pensou em:
A( ) aliviar o sofrimento do galo.
B( ) dar uma lição no galo.
C( ) cozinhar o galo.
D( ) fazer amizade com o galo.

11- Ao dizer “Que beleza vai ficar o mundo, limpo de guerras, crueldades e traições!” – o galo se refere às:
A( ) desavenças ocorridas entre os homens.
B( ) brigas entre ele e a raposa.
C( ) crueldade cometida pela raposa em relação a seus amigos.
D( ) desavenças que houve no reino animal.

12- A raposa é tida como um animal muito assustado, esperto. Nessa fabula, a raposa mostrou-se:
A( ) mais esperta do que o galo.B( ) menos esperta do que o galo.C( ) tão esperta quanto o galo.D( ) muito esperta, alem de corajosa e brincalhona.

13- O nome Co-ri-có-có, usado pela raposa em referencia ao galo, relaciona-se:
A( ) ao canto do galo.
B( ) à raça do galo.
C( ) à cor do galo.D( ) ao físico do ga
O ato de estudar.

Tinha chovido muito toda noite. Havia enormes poças de água molhada nas partes baixas do terreno. Em certos lugares, a terra, de tão molhada, tinha virado lama. Às vezes, os pés apenas escorregavam nela. Às vezes, mais do que escorregar, os pés se atolavam na lama até acima dos tornozelos. Era difícil andar.
Pedro e Antônio estavam transportando numa caminhoneta cestos cheios de cacau para o sitio onde deveriam secar. Em certa altura, perceberam que a caminhoneta não atravessaria o atoleiro que tinha pela frente. Passaram. Desceram da caminhoneta. Olharam o atoleiro, que era um problema para eles. Atravessaram os dois metros de lama, defendidos por suas botas de cano longo. Sentiram a espessura do lamaçal. Pensaram. Discutiram como resolver o problema. Depois, com a ajuda de algumas pedras e de galhos secos de árvores deram ao terreno a consistência mínima para que as rodas da caminhoneta passassem sem atolar. Pedro e Antonio estudaram. Procuraram resolver e, em seguida, encontraram uma resposta precisa.
Não se estuda apenas na escola. Pedro e Antônio estudaram enquanto trabalhavam. Estudar é assumir uma atitude séria e curiosa diante de um problema.
(Paulo Freire. A importância do ato de ler. São Paulo, Cortez,1997.p56 e 57)

Interpretação

1- Ziraldo, escritor, cartunista e criador do famoso personagem Menino Maluquinho, escreveu que “Ler é mais importante do que estudar”. O que você acha dessa afirmação? (Resposta pessoal)
2- Como Paulo Freire define o ato de estudar?
R: “Estudar é assumir uma atitude séria e curiosa diante de um problema.”
3- No primeiro parágrafo, o narrador descreve como estava a estrada por onde Pedro e Antônio tinham que passar.
No parágrafo seguinte, ele narra o que as personagens fizeram quando viram que não conseguiam atravessar o atoleiro. A partir desse momento, narra uma seqüência de ações realizadas pelos rapazes para tentar solucionar o problema.
Coloque essas ações em ordem, numerando-as, tendo em vista a seqüência em que aparecem no texto.
A) sentiram a espessura do lamaçal.( )
B) Desceram do veiculo.( )
C) Colocaram galhos secos e pedras sobre o atoleiro para dar consistência ao terreno.( )
D) Discutiram como resolver o problema.( )
E) Olharam o atoleiro, que era um problema para eles.( )
F) Pensaram.
G) Pararam a caminhoneta.
H) Pedro e Antônio perceberam que a caminhoneta não atravessaria o atoleiro.
Sugestão de avaliação para 3ª série a partir de texto narrativo ficcional (fábula)


O LEÃO E O RATINHO


Ao sair do buraco viu-se um ratinho entre as patas do leão. Estacou, de pelos em pé, paralisado pelo terror. O leão, porém, não lhe fez mal nenhum. - Segue em paz, ratinho: não tenhas medo de teu rei. Dias depois o leão caiu numa rede. Urrou desesperadamente, debateu-se, mas quanto mais se agitava mais preso no laço ficava. Atraído pelos urros, apareceu o ratinho. - Amor com amor se paga - disse ele lá consigo e pôs-se a roer as cordas. Num instante conseguiu romper uma das malhas. E como a rede era das tais que rompida a primeira malha as outras se afrouxam, pôde o leão deslindar-se e fugir. Mais vale paciência pequenina do que arrancos de leão. (LOBATO, Monteiro. Obra infantil completa. Volume "Fábulas". São Paulo: Brasiliense)
AtividadeQuestões sobre o texto: 1. Quem é o autor deste texto e qual o nome do livro em que foi publicado? Resposta: Monteiro Lobato . "Obra infantil completa", volume "Fábulas". Habilidade de leitura avaliada: o aluno identifica informação no texto. Professor: durante muito tempo foi comum na escola usar textos sem nenhuma referência bibliográfica. Acreditava-se que isto não era importante, ainda mais com as crianças das séries iniciais. Hoje em dia, sabendo que o texto não é transparente e que o contexto ou a situação de produção constituem o próprio texto, identificar o autor da obra e qual seu suporte ou portador é uma informação importante para os sentidos do que se lê, se escreve, se fala ou se ouve. Além disso, o uso sistemático da referência bibliográfica auxilia na ampliação do repertório de leitura das crianças. Um exemplo é a constatação de que mesmo crianças bem pequenas indicam suas preferências de leitura no que se refere a autores ou tipos de livros.
2. Por que o ratinho ficou paralisado pelo terror? Resposta: Porque o leão é um bicho enorme e assustador para um pequeno rato. Habilidade de leitura avaliada: o aluno faz inferências, isto é, identifica uma informação implícita no texto. Professor: a inferência é uma estratégia de leitura através da qual "lemos" o que não está escrito explicitamente no texto. É como se fosse uma "adivinhação" feita com ajuda de algumas pistas dadas pelo texto, pelo contexto, pelos conhecimentos prévios do leitor ou pelas intencionalidades do autor percebidas pelo leitor. Um bom exemplo de inferência são as piadas, pois a gente ri exatamente porque entendeu o que não está dito diretamente no texto. Veja que esta habilidade é diferente de localizar ou identificar uma informação explícita no texto, como é o caso da questão 1, anteriormente referida, e da questão 3, a seguir.
3. O que aconteceu ao leão, dias depois de ele ter encontrado o ratinho? Resposta: Caiu na rede Habilidade de leitura avaliada: o aluno localiza informação no texto. Professor: durante muito tempo na escola essa habilidade esteve relacionada apenas ao assunto ou ao tema dos textos lidos, em especial quando procurávamos retomar as idéias centrais e/ou secundárias de um texto. Atualmente, temos indicado o desenvolvimento desta habilidade também no que se refere aos tipos e suportes de textos, como é o caso das questões 5 e 7, a seguir.
4. Por que o ratinho resolveu ajudar o leão? Resposta: Para recompensar o leão por não ter devorado o ratinho em outra ocasião. No texto há "o amor com amor se paga" que poderia ser, inclusive, a moral desta fábula, mas Lobato preferiu outra. Habilidade de leitura avaliada: o aluno faz inferência. Professor: idem questão 2.
5. Quem são as personagens do texto? Resposta: São o leão e o ratinho. Habilidade de leitura avaliada: identificar as personagens como um dos elementos caracterizadores da narrativa ficcional/fábula. Professor: a fábula é uma narrativa ficcional herdada da cultura popular. A escolha de animais como personagem tem relação com a construção de uma simbologia, no qual os animais falam e agem como se fossem seres humanos. Identificar personagens de um texto pode parecer simples, mas é desejável que os alunos possam ir tornando essa competência consciente não só como leitores, mas também quando forem produzir seus próprios textos.
6. Quem conta a história? O ratinho? O leão? Outro? Resposta: nem um nem outro, mas um narrador que não participa da história. Habilidade de leitura avaliada: distinguir narrador de personagem, percebendo o foco narrativo (1ª ou 3ª pessoa) Professor: os alunos precisam fazer a distinção entre narrar e ser personagem, percebendo o ponto de vista do narrador: ele participa da história como personagem? Ele conhece todos os fatos? Ele conhece parcialmente os fatos? Ele escolhe qual ponto de vista usa para narrar? Além disso, desde as séries iniciais, as crianças podem ir conhecendo a diferença entre autor e narrador: este é, na verdade, uma ficção, também como as personagens, o enredo etc. O autor é a pessoa física. Aqui vale lembrar algumas músicas de Chico Buarque de Holanda, como "Com açúcar, com afeto" na qual o narrador/ personagem é mulher, ainda que o autor seja um homem, ou seja, o famoso compositor da MPB.
7. Toda fábula possui uma moral da história. Qual é a moral deste texto lido? Resposta: Os alunos podem transcrever a moral do texto ("Mais vale paciência pequenina do que arrancos de leão."). Discuta com os alunos que se eles fizerem essa escolha, é preciso usar aspas para marcar que o texto não é deles, mas do Lobato. Aqui temos um exemplo de que os conhecimentos lingüísticos manifestam-se nas atividades de leitura e de produção de textos . Os alunos podem ainda fazer uma paráfrase, ou seja, usar suas próprias palavras para retomar a moral, como: a paciência dos pequenos vale mais que a força dos fortes (ou algo semelhante). Habilidade de leitura avaliada: localizar a moral como um dos elementos caracterizadores do gênero textual fábula.Professor: é conveniente discutir com os alunos que a moral da fábula vem em destaque através do espaço gráfico ao final do texto e faz uso de um tipo de letra diferente do restante. Além disso, é bom ressaltar que a moral das fábulas refere-se a comportamentos humanos genéricos ou experiências vividas pelos seres humanos, encerrando sempre um ensinamento para os ouvintes ou leitores. A moral retoma, na verdade, o tema do texto.
8. O texto pode ser dividido em três partes. Localize-as. 1ª parte: o primeiro encontro do ratinho e do leão. Parágrafos_______ 2ª parte: o leão preso. Parágrafos______ 3ª parte: o segundo encontro. Parágrafos _______ (Respostas: Parágrafos 1 e 2; parágrafo 3 e parágrafos 4 e 5) Habilidade de leitura avaliada: perceber o enredo como uma das características do texto narrativo ficcional. Professor: o aluno deve compreender que o enredo tradicional da narrativa ficcional se configura em três momentos da ação: situação inicial (apresentação das personagens e do ambiente), conflito (complicação ou desequilíbrio da situação inicial) e desfecho (resolução do desequilíbrio). É conveniente lembrar que, na fábula, a moral está fora do enredo porque ela é um ensinamento do narrador do texto.
9. Você conhece todas as palavras do texto? Isto impediu você de entendê-lo? Resposta: Pessoal Habilidade de leitura avaliada: inferir o sentido de uma palavra ou expressão a partir do contexto imediato Professor: esta é uma reflexão fundamental para os alunos, pois nem sempre é preciso conhecer todas as palavras do texto para entendê-lo. É possível - é até desejável em termos pedagógicos-conviver com o desconhecimento provisório do sentido da palavra e assim perceber pelo contexto o que ela pode estar significando. A escolha desse exercício (e até o fato dele ser o 9º exercício e não um dos primeiros) deu-se na direção de fazer um contraponto ao procedimento comum na escola de grifar as palavras desconhecidas, relacioná-las e procurá-las no dicionário, para depois ler o texto. Estamos assim sugerindo outro caminho: inferir os sentidos das palavras desconhecidas através do contexto, para depois do texto compreendido (porque trabalhado com os alunos), decidir para quê e quando ir ao dicionário.
9. Qual é a pontuação usada quando as personagens falam? Resposta: o travessão Habilidade de leitura avaliada: compreender o uso da pontuação na construção de um texto Professor: a pontuação é um elemento lingüístico que tem servido para muita polêmica. Tradicionalmente, confunde-se saber o nome dos sinais de pontuação com o saber pontuar. Entendemos que a leitura é um importante momento de reflexão sobre os usos da pontuação e seus efeitos de sentido no texto. No que se refere à pontuação do diálogo direto num texto (no qual as personagens falam diretamente), é possível fazer outras perguntas que tomem como objeto de aprendizagem também o uso de dois pontos depois dos verbos "discendi" (verbos que introduzem as falas dos personagens, ou seja, "dizer", "falar", "perguntar", "responder" etc).
10. Substitua a palavra grifada na frase a seguir pelo nome do animal correspondente no texto: Ele ficou paralisado pelo terror.Resposta: O ratinho (ficou paralisado pelo terror) Habilidade de leitura avaliada: identificar o pronome como recurso coesivo Professor: esse exercício pode parecer extremamente simples, mas é fundamental que o aluno reflita sobre os recursos coesivos presentes nos textos que lê, para que possa se apropriar desses conhecimentos, não só como leitor, mas também como produtor de textos. A coesão é uma relação que se estabelece entre as diferentes partes do texto, assegurando sua estruturação. A coesão de um texto são recursos que permitem compreender ou produzir textos. Alguns desses recursos são os pronomes, os advérbios, as preposições, as conjunções, os diferentes itens do léxico etc.
11. Dê outro título ao texto. Resposta: Pessoal Habilidade de produção avaliada: produzir texto, levando em conta o tema Professor: esse exercício pode também parecer muito fácil, porém é bom lembrar que elaborar título significa identificar a unidade temática do texto, por isso, ainda que possa haver várias respostas/criações dos alunos, é fundamental discuti-las com os alunos, fazendo-os analisar quais estão realmente relacionadas ao tema do texto e, portanto, são adequadas ou não. Um bom exercício é fazer algumas análises de vários textos, em relação a seus títulos, para que os alunos possam ir percebendo a relação entre tema e título de um texto.
12. Contar alguma fábula que conheça para os colegas. Resposta: Pessoal Habilidade de produção avaliada: produzir texto (oral ou escrito), a partir de outro Professor: saber parafrasear (falar/escrever com suas próprias palavras o texto de outrem) é uma importante aprendizagem de produção textual. Ao parafrasear, o aluno acaba por relacionar várias habilidades para produzir o texto, tendo em vista uma situação (finalidade e interlocutor), atentando para as especificidades do gênero do texto parafraseado. Notas: 1)se o professor desejar, os alunos podem fazer paráfrases escritas e, nesse caso, passam a ser enfatizadas as habilidades relacionadas especificamente à linguagem escrita. Ressalte-se também o processo de escrever em suas várias etapas: planejar a produção, rascunhos, revisões e versões (aluno como leitor de seu próprio texto e de outro), incorporação de sugestões, releituras e produção final; 2) seria desejável organizar uma coletânea com as fábulas trazidas pelos alunos. Se apenas orais, gravá-las em fita cassete. Se escritas, elaborar livro.
Sugestão de avaliação para 4ª série a partir de texto jornalístico
O colombiano Freddy Rincon, pivô da mais recente crise no Corinthians, volta de Miami (Estados Unidos), onde passa férias, no próximo dia 15. A informação foi dada pelo empresário do jogador, Francisco Monteiro, o Todé. "Ele deve se apresentar a seu novo clube no dia 15. No mesmo dia, dirá as razões que o fizeram sair do Corinthians", afirmou o empresário. Todé disse que conversou com Rincón, por telefone, e que não poderia dar detalhes sobre as negociações com o Santos. "Só posso dizer que um clube ofereceu
mais dinheiro, e ele resolveu sair." O diretor de futebol do Santos Paulo Ferreira negou que a viagem de Rincón, que estava na Colômbia até a semana passada, esteja sendo patrocinada pelo clube, em uma tentativa de "abaixar a poeira" do caso."Não fizemos nada disso. Nem sei onde o Rincón está agora", afirmou Ferreira, que anteontem havia declarado não saber quando o colombiano seria apresentado oficialmente à torcida santista. "Se eu te disser que já há uma data definida estou mentindo", disse o dirigente. (FM e MS)
(Folha de S. Paulo. Caderno 4, pág. 4 esporte- Quinta-feira, 3 de fevereiro de 2000)

Questões sobre o texto


1. De onde foi tirado este texto? Quem escreveu? Resposta: O texto foi tirado do jornal "Folha de S.Paulo", caderno Esporte, pág. 4, do dia 3 de fevereiro de 2000. Os jornalistas responsáveis são FM e MS da Reportagem Local. Habilidade de leitura avaliada: localizar informação no texto. Professor: se entendemos que linguagem é interação, o processo de leitura inicia-se pela análise das condições de produção do texto: quem escreveu, para quem, para quê, por quê, onde, quando e como. Por isto, a importância de trabalhar com textos reais e sua situação de produção. O aluno precisa conhecer e usar as estratégias de leitura de todo leitor maduro, ou seja, aquele que sabe qual o portador do texto que lê e como isto constitui a própria leitura. No caso desta questão da avaliação, o texto foi publicado em determinado jornal, em seu caderno de esportes (portanto, não é um jornal exclusivamente esportivo). Ainda que nos jornais e revistas em geral (com exceção dos textos opinativos), predominem textos sem autoria pessoal expressa, fizemos questão de perguntar o nome de quem escreveu apenas porque há na notícia selecionada as iniciais dos autores (FM e MS) no final do texto, com uma informação adicional no início de que se trata de notícia da reportagem local do jornal.
2. A notícia trata do quê? Resposta: a notícia é uma informação sobre a crise corinthiana porque o jogador Rincón, de férias em Miami, decidiu que não joga mais no Corinthians e vai para outro time - o Santos. Habilidade de leitura avaliada: identificar o tema central do texto Professor: para entender esta notícia, o leitor trabalha com várias informações não explicitadas no texto, mas que são seus conhecimentos prévios sobre o assunto (futebol). Neste caso, trata-se especificamente do fato de Rincón estar de férias e ter decidido trocar de time em plena vigência de seu contrato profissional.
3. Quem deu a informação da saída de Rincón do seu time? Resposta: Foi seu empresário, Francisco Monteiro, o Todé. Habilidade de leitura avaliada: localizar informação no texto. Professor: esta é uma habilidade muito exigida no processo de leitura. O que pode mudar é o assunto do texto ou sua linguagem os quais não sendo de conhecimento do leitor podem dificultar o entendimento.
4.Qual a pontuação usada nas falas do empresário ou do dirigente do Santos? Resposta: são as aspas para indicar que são palavras na íntegra e ditas por outros (que não por quem está contando o fato). Habilidade de leitura avaliada: compreender a utilização de pontuação como as aspas. Professor: o texto escrito utiliza recursos gráficos como forma de "traduzir" as situações do texto que não é oral (neste os interlocutores estão presentes, a relação entre elas ajuda a construir a interação etc). Atentar, no caso do texto da avaliação, para o uso do discurso direto, sem travessão e dois pontos, apenas com as aspas.
5.Rescreva uma das falas do empresário sem usar aspas. Respostas possíveis: a)O empresário do jogador afirmou: - Ele deve se apresentar a seu novo clube no dia 15. No mesmo dia, dirá as razões que o fizeram sair do Corinthians. b) O empresário explicou: - Só posso dizer que um clube ofereceu mais dinheiro, e ele resolveu sair. Habilidade de produção aferida: empregar, de acordo com as especificidades de cada gênero, os sinais de pontuação. Professor: este exercício de transformação trabalha com a pontuação e seu papel na construção do texto. No caso do jornal, trata-se de um texto narrativo não-ficcional - ou mais especificamente de uma notícia- e neste tipo de texto, o uso das aspas para destacar as falas das pessoas tem a ver com a diagramação e economia de espaço próprias deste veículo de comunicação. O uso de verbo "discendi" (dizer, falar, responder, afirmar, perguntar etc), de dois pontos e de travessão para marcar o discurso direto não é próprio de texto jornalístico, encontramos esta pontuação em textos narrativos ficcionais, por exemplo (veja a avaliação da 3ª série neste mesmo site). Esta diferenciação deve ser discutida com os alunos, não só em termos de que é possível dizer coisas semelhantes de formas diferentes, mas que as particularidades dos gêneros textuais também constituem as diferenças. Outro aspecto é a possibilidade de fazer uma reflexão com os alunos a respeito dos usos da linguagem. Com isto, vamos questionando a idéia de que saber a nomenclatura gramatical é suficiente.
6. Qual é a expressão no texto que vem com aspas. Por que também se usa aspas neste caso? Resposta: a expressão é "baixar a poeira". Habilidade de leitura avaliada: diferenciar em um texto registro formal de registro informal Professor: neste caso, as aspas foram usadas para marcar uma expressão de gíria. Veja que este tipo de linguagem mais informal é bem própria tanto do veículo de comunicação (um jornal) quanto das pessoas envolvidas (um empresário de futebol falando com jornalistas)
7. Qual é o título da notícia? Por que está escrito com letras maiores e de cor mais escura? Resposta: o título é De férias em Miami, meia retorna ao Brasil no dia 15 Habilidade de leitura avaliada: realizar inferências a partir de indicadores gráficos de alguns gêneros textuais. Professor: Ao título de uma notícia dá-se o nome de "manchete" que vem destacada em letras maiores e em negrito como forma de chamar a atenção do leitor . As manchetes podem "conduzir" o leitor a escolher ler ou não determinados textos. Lembramos que o jornal é um tipo de portador que pressupõe uma leitura seletiva: o leitor escolhe o que vai ler e como vai ler. Ninguém lê o jornal na íntegra, em especial seus leitores assíduos, pois o fato de acompanharem as notícias e a própria forma de apresentá-las no jornal apontam para leituras seletivas.
8. Na frase "meia retorna ao Brasil no dia 15", a palavra grifada está se referindo a quem? Resposta: ao jogador Rincón Habilidade de leitura avaliada: estabelecer relação entre partes de um texto a partir da substituição de um termo (coesão). Professor: a palavra grifada substitui o nome do jogador Rincón, tratando-se assim de u m mecanismo de coesão textual, a partir da substituição de um termo por outro.
9. Escreva uma frase usando a palavra "meia" em outro sentido diferente do usado na notícia. Resposta: Pessoal. Sugestões: Fui comprar meia no Shopping. Ela comeu apenas meia laranja. Habilidade de produção avaliada: inferir o sentido de uma palavra a partir do contexto imediato. Rica1024
Professor: a manchete do jornal traz a palavra "meia" significando uma posição de jogador de futebol dentro da tática do jogo em campo. Mesmo que o leitor desconheça esta informação, há outros aspectos do contexto que o auxiliam a entender: trata-se de uma notícia no caderno de esportes; é um assunto que provavelmente ele ouviu no rádio ou na tv, enfim já teve informações a respeito, por isto faz inferências sobre o sentido da palavra "meia" usada na notícia. No que se refere à proposta de avaliação dos alunos, é importante discutir com eles que é no contexto do texto que podemos entender os significados das palavras: "meia" também pode significar uma vestimenta ou a metade de algo. É bom ressaltar ainda que o fato de solicitarmos que os alunos elaborem uma frase com a palavra "meia" não significa que estamos defendendo a idéia de que "formar frases" seja aprender a escrever. Pelo contrário, aprende-se a escrever, escrevendo textos e não frases. O que está proposto aqui (elaborar frases) é apenas um recurso didático para que os alunos possam fazer uma reflexão a respeito dos fatos da língua no que se refere às palavras e seus sentidos dentro do contexto em que são empregadas
10. Preencha o quadro a seguir de acordo com a notícia.
Quem
Resposta: Rincón, seu empresário e um dirigente do Santos
O quê
Resposta: a notícia informa que Rincón, ainda de férias, decide sair do Corinthians
Quando
Resposta: 3/2/2000 (publicação da notícia)
Como
Resposta: a informação foi dada pelo dirigente do Santos epelo empresário que só falou com Rincón por telefone.
Habilidade de leitura avaliada: estabelecer relação entre informações num texto Professor: na avaliação da 3ª série trabalhamos com texto narrativo ficcional (fábula). Nesta avaliação de 4ª série, usamos texto narrativo também, só que não-ficcional, no caso, uma notícia. O texto jornalístico tem como objetivo informar e tem vínculo com a realidade. O texto literário (no caso da avaliação da 3ª série, uma fábula) tem uma intencionalidade estética. Desta forma, acreditamos que os alunos podem ir aprendendo com a comparação das características dos gêneros textuais e suas especificidades. Nesta questão da avaliação, retomamos elementos do texto narrativo, ou seja, personagens, ação/enredo e tempo.
11.Elabore outra manchete para a notícia lida. Resposta: Pessoal Habilidade de produção avaliada: identificar o tema central do texto para criar título coerente Professor: ver questão 12 da avaliação diagnóstica da 3ª série. Verificar também que a manchete é um texto curto, escrito com verbo no presente (para dar a idéia de atualidade) e sem pontuação ao final.
12. Escolha uma das manchetes a seguir e elabore uma notícia, colocando o nome do jornal ( pode ser inventado), data e página. Pokémon é nova mania entre as crianças Seleção brasileira pronta para Sydney Assalto acaba em morte Habilidade de produção avaliada: elaborar texto a partir das condições de produção (finalidade, gênero, interlocutor)Professor: espera-se que o aluno seja capaz de perceber que cada manchete pressupõe um interlocutor (leitor): na primeira, podem ser as próprias crianças e a manchete pode estar num encarte infantil de jornal. A segunda pode estar num jornal ou no seu caderno de esportes. A terceira em qualquer jornal; no entanto, haverá diferença se o jornal for do tipo que supervaloriza as notícias referentes à violência, crimes etc. Em todos os casos, para escrever a notícia, o aluno precisa atentar para: · a articulação das condições de produção e a forma de escrever; · a necessidade de ser escrita em colunas e parágrafos. No primeiro parágrafo, há as informações gerais: quem, o quê, onde, etc; nos demais há o detalhamento dos fatos narrados; · o tema já explicitado na própria manchete deve ir progredindo ao longo do texto; · os esquemas temporais básicos: presente x passado; · usos da pontuação e letras maiúsculas; · grafia convencional de palavras de uso mais comum; · emprego de mecanismos básicos de concordância nominal e verbal
TEXTO: A VONTADE DO FALECIDO

Stanislaw Ponte Preta

Seu Irineu Boaventura não era tão bem-aventurado(1) assim, pois sua saúde não era lá para que se diga. Pelo contrário, seu Irineu ultimamente já tava até curvando a espinha, tendo merecido, por parte de vizinhos mais irreverentes(2), o significativo apelido de “Pé-na-Cova”. Se digo significativo é porque seu Irineu Boaventura realmente já dava a impressão de que, muito brevemente, iria comer capim pela raiz, isto é, iam plantar ele e botar um jardinzinho por cima.
Se havia expectativa em torno do passamento(3) do seu Irineu? Havia sim. O velho tinha os seus guardados. Não eram bens imóveis, pois seu Irineu conhecia de sobra Altamirando, seu sobrinho, e sabia que, se comprasse terreno, o nefando(4) parente se instalaria nele sem a menor cerimônia. De mais a mais, o velho era antigão: não comprava o que não precisava e nem dava dinheiro por papel pintado. Dessa forma, não possuía bens imóveis nem ações […]. A erva dele era viva. Tudo guardado em pacotinhos, num cofrão verde que ele tinha no escritório.
Nessa erva é que a parentada botava olho grande […] principalmente depois que o velho começou a ficar com aquela cor de uma bonita tonalidade cadavérica. O sobrinho, embora mais mau-caráter do que o resto da família, foi o que teve a atitude mais leal, porque, numa tarde em que seu Irineu tossia muito, perguntou assim de supetão(5):
· Titio, se o senhor puser o bloco na rua, pra quem é que fica o seu dinheiro, hem?
O velho, engasgado de ódio, chegou a perder a tonalidade cadavérica e ficar levemente ruborizado, respondendo com voz rouca:
· Na hora em que eu morrer, você vai ver, seu cretino.
Alguns dias depois, deu-se o evento(6). Seu Irineu pisou no prego e esvaziou. Apanhou um resfriado, do resfriado passou à pneumonia, da pneumonia passou ao estado de coma(7) e do estado de coma não passou mais. Levou pau e foi reprovado.[…]
- Bota titio na mesa da sala de visitas – aconselhou Altamirando; e começou o velório. Tudo que era parente com razoáveis esperanças de herança foi velar o morto. Mesmo parentes desesperançados compareceram ao ato fúnebre(8), porque estas coisas vocês sabem bem como são: velho rico, solteirão, rende sempre um dinheirão. Horas antes do enterro, abriram o cofrão verde onde havia sessenta milhões em cruzeiros, vinte em pacotinhos de “Tiradentes” (9) e quarenta em pacotinhos de “Santos Dumont” (10):
· O velho tinha menos dinheiro do que eu pensava – disse alto o sobrinho.
E logo adiante acrescentava baixinho:
· Vai ver, gastava com mulher.
Se gastava ou não, nunca se soube. Tomou-se – isto sim – conhecimento de uma carta que estava cuidadosamente colocada dentro do cofre, sobre o dinheiro. E na carta o velho dizia: “Quero ser enterrado junto com a quantia existente nesse cofre, que é tudo o que eu possuo e que foi ganho com o suor do meu rosto, sem a ajuda de parente vagabundo nenhum.” E, por baixo, a assinatura com firma reconhecida para não haver dúvida: Irineu de Carvalho Pinto Boaventura.
Pra quê! Nunca se chorou tanto num velório sem se ligar pro morto. A parentada chorava às pampas, mas não apareceu ninguém com peito para desrespeitar a vontade do falecido. Estava todo o mundo vigiando todo o mundo, e lá foram aquelas notas novinhas arrumadas ao lado do corpo, dentro do caixão.
Foi quase na hora do corpo sair. Desde o momento em que se tomou conhecimento do que a carta dizia, que Altamirando imaginava um jeito de passar o morto pra trás. Era muita sopa deixar aquele dinheiro ali pro velho gastar com minhoca. Pensou, pensou e, na hora que iam fechar o caixão, ele deu um grito de “pera aí”. Tirou os sessenta milhões de dentro do caixão, fez um cheque da mesma importância, jogou lá dentro e disse “fecha”.
· Se ele precisar, mais tarde desconta o cheque no Banco.

(Stanislaw Ponte Preta. Dois amigos e um chato. São Paulo, Moderna, 1986)

ESTUDO DO TEXTO:
1. Por que o texto chama-se A vontade do falecido?
2. Segundo o texto, por que seu Irineu não era feliz?
3. Que fato levou os vizinhos de seu Irineu a lhe darem o apelido de Pé-na-Cova?
4. Releia:
“[…] A erva dele era viva. Tudo guardado em pacotinhos, num cofrão verde que ele tinha no escritório.
Nessa erva é que a parentada botava olho grande[…].”
1. Explique o significado da expressão destacada.
2. O que sentiam os parentes de seu Irineu em relação ao dinheiro dele?
5. Segundo o narrador, por que Altamirando foi o parente que teve a atitude mais leal com seu Irineu?
6. Em relação às atitudes dos parentes no velório de seu Irineu, indique se cada uma das afirmações a seguir é verdadeira ou falsa. Justifique sua opção.
1. Os parentes choraram muito, pois ficaram tristes com a morte de seu Irineu.
2. Os parentes eram muito unidos e confiavam uns nos outros.

7. Afinal, Altamirando conseguiu ou não “passar o morto pra trás”? Justifique sua resposta:
A LINGUAGEM DO TEXTO:

1. Informal é a linguagem descontraída, em que aparecem palavras e expressões populares. Ela é muito usada na conversa do dia-a-dia entre amigos e familiares. Veja um exemplo tirado do texto:
“[…] sua saúde não era lá para que se diga”.
Usando uma linguagem mais formal, esse trecho ficaria assim:
[…] sua saúde não era muito boa.
Indique a expressão formal que substitui adequadamente a informal destacada nos seguintes trechos:
a) “[…] seu Irineu conhecia de sobra Altamirando[…]”
( ) pouco ( ) muito bem ( ) de vista
b) “Titio, se o senhor puser o bloco na rua, pra quem é que fica o seu dinheiro, hem?”
( ) bater as botas ( ) ficar irritado ( ) falecer
3. “[…] não apareceu ninguém com peito para desrespeitar a vontade do falecido.”
( ) com medo ( ) com coragem ( ) desonesto
4. “A parentada chorava às pampas […]”
( ) feito louca ( ) fingidamente ( ) muito
5. “[…] Altamirando imaginava um jeito de passar o morto pra trás.”
( ) enganar o morto ( ) desrespeitar o morto ( ) temer o morto

2. A expressão pé-na-cova é usada na linguagem popular para dizer que uma pessoa está doente, próxima da morte.
Nas frases que seguem, aparecem outras expressões com a palavra pé. Procure explicar o significado delas.
1. Ele trabalhou muito, fez um pé-de-meia e teve uma velhice tranqüila.
2. Nosso time estreou com o pé direito no campeonato: venceu os três jogos que disputou.
3. Um bom pedreiro faria esse trabalho com um pé nas costas.
4. Para não acordar o bebê, a mulher entrou no quarto pé ante pé.

DEBATER
No texto A vontade do falecido, seu Irineu determinou que todo o dinheiro que possuía fosse enterrado junto com ele.
Discuta com seu grupo: A atitude de seu Irineu foi correta? Merecia ser apoiada? Ou teria sido melhor ele ter deixado o dinheiro para ser empregado de alguma forma?
Dêem sua opinião e procurem justificá-la com argumentos (exemplos, fatos etc.).

ESCREVER

Imagine o seguinte conjunto de fatos:
· Antes de seu Irineu morrer, você ficou sabendo que ele planejava ser enterrado junto com todo o dinheiro que possuía.
· Você conhece uma instituição de caridade (uma creche, um orfanato, um asilo etc.) que precisa muito de doações (dinheiro, roupas, alimentos) para atender melhor às pessoas que vivem nela (crianças sem família, velhinhos etc.).
· Escreva uma carta a seu Irineu, com a seguinte seqüência:
1. Na primeira linha da página, indique o nome de sua cidade e a data.
2. Pule uma linha e coloque a expressão Senhor Irineu.
3. Pule mais uma linha e escreva a carta, dividindo-a nas seguintes partes:
1ª parte: Apresente-se a ele (diga quem é você, o que faz etc.)
2ª parte: Conte a ele sobre a instituição que você conhece (onde fica, como é o dia-a-dia dos moradores, suas dificuldades etc.)
3ª parte: Peça-lhe que doe o dinheiro para essa instituição. Procure argumentar, isto é, convencê-lo de que a doação irá ajudar muito.
4. Termine a carta com uma expressão de agradecimento, como: Obrigado(a).
5. Pule duas ou três linhas e coloque seu nome.



Domingão
Domingo, eu passei o dia todo de bode. Mas, no começo da noite, melhorei e resolvi bater um fio para o Zeca.- E aí, cara? Vamos no cinema?- Sei lá, Marcos. Estou meio pra baixo...- Eu também tava, cara. Mas já estou melhor.E lá fomos nós. O ônibus atrasou, e nós pagamos o maior mico, porque, quando chegamos, o filme já tinha começado. Teve até um mane que perguntou se a gente tinha chegado para a próxima seção.Saímos de lá, comentando:- Que filme massa!- Maneiro mesmo!Mas já era tarde, e nem deu para contar os últimos babados pro Zeca. Afinal, segunda-feira é dia de trampo e eu detesto queimar o filme com o patrão. Não vejo a hora de chegar o final de semana de novo para eu agitar um pouco mais.Márcia Paganini Cavéquia1) Você conseguiu entender o texto acima?2) Em sua opinião todas as pessoas que lerem o texto conseguirão compreendê-lo? Por quê?3) Você saberia explicar o significado de cada uma das gírias do texto acima? Vamos tentar?4) Agora, depois de tentar descobrir o significado das gírias, reescreva o texto de acordo com suas sugestões.




A ÁGUA NOSSA DE CADA DIAHoje de manhã, enquanto levava meu filho para a escola, assisti a diversas cenas de desperdício.Rua após rua, homens e mulheres usavam mangueiras para lavar calçadas e carros com jorros e jorros de água potável.Nos primeiros casos cheguei a diminuir a velocidade do meu carro para sinalizar aos dissipadores que não deveriam estar fazendo aquilo. Mas eles olhavam, sem entender o que eu queria passar com os gestos... e continuavam com as torneiras abertas.Nos casos seguintes, desisti.Só olhava, desolado, toda aquela água preciosa escorrendo pela calçada, pelas sarjetas...Se voltar a percorrer o bairro nesta bela manhã de abril provavelmente vou surpreender mais dissipadores em ação.Talvez já lavando carros, mais pátios e calçadas.E vou, de novo, ficar triste com o desperdício escancarado, explícito, irresponsável.O que fazer para que nós, nossos filhos e os filhos de nossos filhos tenham água de boa qualidade e em quantidade no futuro?Acho que, para começar, falar com as crianças.Se os adultos dão lições de desperdício, as crianças podem, no tempo, reverter o processo.Enquanto crianças, podem entender melhor a necessidade de preservamos nossos recursos naturais. Água, inclusive.Quando crescerem, vão substituir os adultos insensatos de hoje já com atitudes corretas no cuidado com o meio ambiente.Longe de mim a idéia de transformar quem quer que seja em vigilante, patrulheiro, inspetor de recursos naturais.Também seria insensato. Em alguns casos até perigoso.Tem gente que não aceita críticas.Mas se cada um de nós pudesse passar aos filhos, às crianças, em geral, propostas, idéias e conselhos para buscarem a economia, a racionalização do uso da água, teríamos um início de caminho já sinalizado.E enquanto crianças e jovens vão se conscientizando, vamos pensando, num modo de chegarmos até os dissipadores adultos com orientação e informações.Pra começar, à volta da escola, já vou falando sobre o assunto com meu filho.De novo, porque lá em casa o assunto já é velho e conhecido.Mas bons conselhos podem ser repetidos... e acumulados.E cuidados com nossos recursos naturais deveriam merecer até mesmo algum tipo de saudação. Assim, como dizemos bom dia, boa noite, até logo, poderíamos começar a dizer: Salvou água, hoje? Apagou a luz que não está usando? Salvou uma árvore? Pensou nas crianças que não têm água para beber?...Pode parecer meio dramático. Mas antes um dramático falado do que sentido.Enquanto é tempo.1) Pesquise e copie em seu caderno o significado das seguintes palavras:dissipar – escancarar – explícito – insensatez – racionalizar –desolado – sarjeta - reverter - escassez2) Faça em seu caderno.Copie os períodos e reescreva-os, substituindo as palavras ou expressões destacadas por sinônimos presentes no texto.a) Se não houver melhor eficiência no uso da água, em um futuro próximo a carência desse líquido valioso será sentida e percebida abertamente aos nossos olhos..b) Os esbanjadores de água agem como dementes e nos deixam muito tristes com sua atitude irresponsável.c) Á água que corre pela valeta daquela rua vem de uma casa em que a dona deixou a mangueira jorrando água e dedica-se a conversar com a vizinha.d) É preciso voltar a situação, adotando políticas públicas sérias que tratem do uso consciente e responsável da água.3) Que elementos comprovam que o texto “A ÀGUA NOSSA DE CADA DIA” é uma crônica? Comente.4) a) Leia com atenção as afirmativas abaixo e indique se são verdadeiras ou falsas.5) ( ) O narrador do texto é um narrador-observador; não participa dos acontecimentos.3) ( ) O cronista convoca a todos para tornarem-se patrulheiros da água.9) ( ) Os dissipadores de água são os que mais a defendem e lutam por sua preservação.4) ( ) O narrador do texto é um narrador-personagem; participa dos acontecimentos.5) ( ) O cronista questiona o que pode ser feito para se resolver o grave problema da água.b) A alternativa que apresenta a soma correta das afirmativas falsas é:(a) 12(b) 9(c) 14(d) 13(e) 175) O que você faz ou pode fazer para evitar o desperdício da água em seu dia-a-dia?6) Produção de texto.Escreva um texto como se você fosse a ÁGUA deixando um recado aos habitantes do planeta Terra.Capriche. Seja criativo(a) e demonstre seus conhecimentos.

Nesta tirinha podemos trabalhar com o tema: “Verdade e Mentira”.
Metodologia: Interpretação e/ou Produção de Texto.
Usar com alunos do 5º, 4º e 3º ano do Ensino Fundamental.

1- Porque o Anjinho teve que “denunciar” o Cebolinha?
2- Que forma o Anjinho arranjou para “denunciar” o amigo?
3- O que significa este desenho que está na cabeça da Mônica?
4- Escreva, com suas palavras, os fatos acontecidos nesta tirinha. Vou iniciar…

Anjinho e Cebolinha estavam conversando, quando a Mônica chegou muito…
























Atividades com os quadrinhos da Turma da Mônica: 1- Escreva os nomes dos personagens que aparecem na historinha. 2- Numere cada personagem de acordo com a promessa feita.
( 1) Controlar a gula.
(2) Ser mais calminha
(3) Tomar banho todos os dias
(4) Falar direito

( ) Cascão
( ) Magali
( ) Mônica
( ) Cebolinha 3- Qual a promessa mais importante feita pelos amigos?

Texto: A coruja e a águia

Coruja e águia depois de muita briga, resolveram fazer as pazes.
-Basta de guerra!-disse a coruja. –O mundo é grande, e tolice maior que o mundo é andarmos a comer os filhotes uma da outra.
-Perfeitamente-respondeu a águia. -Também eu, não quero outra coisa.
-Nesse caso, combinemos isto: de agora em diante não comerás nunca os meus filhotes.
-Muito bem. Mas como posso distinguir os teus filhotes?
-Coisa fácil! Sempre que encontrares uns borralhos lindos, bem feitinhos de corpo, alegres, cheios de uma graça especial que não existe em filhotes de nenhuma outra ave, já sabes, são os meus.
-Está feito!-concluiu a águia.
Dias depois, andando à caça, a águia encontrou um ninho com três monstrengos dentro, que piavam de bico muito aberto.
-Horríveis bichos!-disse ela. -Vê-se logo que não são os filhos da coruja e comeu-os.
Mas eram os filhos da coruja. Ao regressar à toca, a triste mãe chorou amargamente o desastre e foi justar contas com a rainha das aves.
-Quê?! –disse esta admirada. –Eram teus filhos aqueles monstrenguinhos? Pois olha, não se pareciam nada, nada, com o retrato que deles me fizeste...

Para retrato de filho, ninguém acredite em pintor pai.
Lá diz o ditado: “Quem o feio ama, bonito lhe parece”...

Responda em seu caderno:
1- Qual foi o acordo feito pela coruja e a águia?
2- A águia respeitou esse acordo?
3- Qual foi o ditado citado por Monteiro Lobato no final da fábula?
4- Escreva com suas palavras o que esse ditado vem nos ensinar.
5- Ilustre com capricho.
O PULO DO GATO


A raposa andava maluca para pegar o gato. Mas ela sabia como todo mundo sabe, que o gato é o maior mestre pulador e nem adiantava tentar agarrá-lo. Com um salto de banda, o danado sempre se safava. Decidiu então a raposa usar da esperteza. Chegou-se para o gato e propôs a paz: - Chega de correr atrás um do outro, mestre gato. Vamos agora viver em paz! - Não é bem assim, comadre raposa - corrigiu o gato. - Não é um que corre atrás do outro, é uma que corre atrás do outro,é a "uma", que é a senhora, que corre atrás do "outro", que sou eu... - Bom, de qualquer forma, vamos fazer as pazes, amigo gato. Como o senhor é mestre em pulos, proponho que, para celebrar nosso acordo de amizade, o senhor me dê um curso de pulos, para eu ficar tão puladora como o senhor. Pago-lhe cada lição com os mais saborosos filés de rato que o senhor já experimentou! O gato aceitou e começaram as lições no mesmo dia. A raposa era aluna dedicada e o gato ótimo professor. Ensinou o salto de banda, o salto em espiral, a cambalhota simples, a cambalhota-com-pirueta, o duplo-mortal, o triplo-mortal e até o saca-rolha-composta. A raposa todos eles aprendia, praticava depois das aulas e, logo, já estava tão mestre em pulos quanto o gato. Decidiu então que já era chegada a hora de colocar em prática seu plano sinistro. No começo de outra aula, esgueirou-se por trás do gato e deu um bote, caprichando no salto mais certeiro que o mestre lhe tinha ensinado! E o gato? Deu um volteio de banda, rolou no ar, e a raposa passou chispando por ele, indo esborrachar-se num toco de aroeira. Ainda tonta da queda, a raposa voltou-se para o gato e protestou: - Mas mestre gato, esse pulo o senhor não me ensinou!
-Não ensinei, nem ensino! -riu-se o gato. -Esse é o segredo que me salva de malandros como a senhora, comadre raposa. Esse é o pulo do gato!
BANDEIRA,Pedro. Nova Escola,nº48.


Interpretação
1-“com um salto de banda, o danado sempre se safava.”

A palavra abaixo que tem o mesmo significado da expressão sublinhada é:
A( ) exibia B( ) livrava.
C( ) prejudicava. D( ) esborrachava.

2- De acordo com o texto, a raposa fez ao gato a seguinte proposta:
A( ) viver em paz.
B( ) brigar para sempre.
C( ) dividir os filés de rato.
D( ) viver cada um no seu canto.

3- O texto mostra que tanto a raposa, quanto o rato sempre demonstraram ser:
A( ) lentos.
B( ) amigos.
C( ) espertos.
D( ) medrosos.

4- A raposa tornou-se aluna do gato para:
A( ) distrair-se com ele.
B( ) fazer as pazes com ele.
C( ) brincar, pois se sentia sozinho.
D( ) conseguir uma chance de devora-lo.

5- O plano da raposa fracassou porque ela:
A( ) confiou demais em sua esperteza.
B( ) era uma aluna desatenciosa.
C( ) errou os pulos ensinados.
D( ) agiu sem pensar.
O menino azul

O menino quer um burrinho E os dois sairão pelo mundo
para passear. que é como um jardim
Um burrinho manso, apenas mais largo
que não corra nem pule, e talvez mais comprido
mas que sabe conversar. e que não tenha fim.

O menino quer um burrinho Quem souber de um burrinho desses,
que saiba dizer pode escrever
o nome dos rios, para Rua das Casas,
das montanhas, das flores, número das Portas,
-de tudo o que aparecer. ao Menino Azul que não sabe ler.

O menino quer um burrinho (Cecília Meireles et al. Para gostar de ler: poesias)
que saiba inventar
histórias bonitas
com pessoas e bichos
e com barquinhos no mar.

Interpretação

1- Que tipo de texto é esse?

2- Retire os pares de rimas presentes no texto.

3- Por que você acha que o menino quer justamente um burrinho e não outro animal?

4- Copie do texto os versos que revelam como o menino acha que é o mundo.

5- Essa forma de ver o mundo revela que característica do menino?

6- Observe os versos:
“O menino quer um burrinho
que saiba dizer
o nome dos rios,
das montanhas, das flores,
-de tudo o que aparecer.”

Explique por que o menino quer um burrinho que saiba tantas coisas.
Leia o texto:
O MACACO DE ÓCULOS
Um macaco, que se achava muito esperto e inteligente, estava ficando velho e já não enxergava muito bem.
Preocupado com isso, resolveu usar sua esperteza e saber o que os homens fazem quando ficam velhos e já não enxergam bem.
Conversando com alguns, descobriu que era preciso usar óculos. Arranjou seis pares de óculos para não correr o risco de um só não dar certo.
Pendurou um no pescoço, outro no rabo, um na cabeça, outro na nuca, um no pé, um outro na mão... mas nada! Continuava sem enxergar. Cheirou, lambeu, mudou as posições e não conseguiu nenhum resultado.
Continuava enxergando mal, o macaco, então pensou que estava sendo enganado pelos homens. Ficou furioso!
Pegou seus pares de óculos, jogou-os no chão e pisou em cima.
Coitado! Continuou sem enxergar!

Responda as questões a seguir:
1- O personagem da história é:
( ) Um macaco que se achava muito esperto ( ) Um macaco amigo dos homens
( ) Um macaco muito jovem
2- O macaco não enxergava bem porque
( ) Estava doente ( ) Estava ficando velho ( ) Estava com os olhos machucados
3- Para descobrir como enxergar melhor, o macaco foi conversar com:
( ) Alguns homens ( ) Alguns animais ( ) Alguns macacos
4- Em quais lugares do corpo, o macaco pendurou os óculos? ______________________,
___________, ______________, ______________, _____________, _________________
5-Numere as ações do macaco de acordo com a ordem em que aparecem no texto.
( ) Lambeu os óculos ( ) Jogou os óculos no chão
( ) Cheirou os óculos ( ) Mudou os óculos de posição
6- O macaco pensou que estava sendo enganado pelos homens.
Ser enganado é o mesmo eu:
( ) Ser amado ( ) Ser traído ( ) Ser ajudado
7- “Só podia ser engraçado, macaco botar óculos no rabo”
Na frase acima, a palavra botar significa:
( ) Calçar ( ) Vestir ( ) Colocar
8- O macaco enxergava muito mal. O contrário da palavra sublinhada é ________________
9- De acordo com o texto, o macaco era:
( ) Doce ( ) Esperto ( ) Velho
10- Copie a frase abaixo, passando a para o plural.
O homem bondoso ajudou o macaco.
_____________________________________________________________________________
11- Usando uma das palavras dos parênteses, complete a frase corretamente.
O macaco ___________ peludo. ( é – são )
Nós ___________ muito de animais. ( gosta – gostamos )
Os macacos __________ enxergando mal. ( está – estão )
12- Faça uma ilustração relacionada com o texto.
O galo que logrou a raposa

Um velho galo matreiro, percebendo a aproximação da raposa, empoleirou-se numa árvore. A raposa, desapontada, murmurou consigo: “...Deixa estar, seu malandro, que já te curo!...” E em voz alta:
-Amigo, venho contar uma grande novidade: acabou-se a guerra entre os animais. Lobo e cordeiro, gavião e pinto, onça e veado, raposa e galinha, todos os bichos andam agora aos beijos, como namorados. Desça desses poleiros e venha receber o meu abraço de paz e amor.
-Muito bem! –exclamou o galo. Não imagina como tal notícia me alegra! Que beleza vai ficar o mundo, limpo de guerras, crueldades e traições! Vou já descer para abraçar a amiga raposa, mas... como lá vem vindo três cachorros, acho bom esperá-los, para que eles também tomem parte da confraternização.
Ao ouvir falar em cachorros, dona raposa não quis saber de histórias, e tratou de pôr-se a fresco, dizendo:
- Infelizmente, amigos Có-ri-có-có, tenho pressa e não posso esperar pelos amigos cães. Fica para outra vez a festa, sim? Até logo.
E rapou-se.
Com esperteza, - esperteza e meia.

Interpretação

1-Em “Um velho galo matreiro, percebendo...” – a palavra sublinhada significa:
A( ) notando
B( ) adivinhando
C( ) supondo
D( ) prevenindo

2- Em ...”percebendo a aproximação da raposa...” – apalavra sublinhada pode ser substituída por:
A( ) proposta
B( ) intenção
C( ) voz
D( ) chegada

3- E “empoleirou-se numa arvore” – a palavra sublinhada pode ser substituída por:
A( ) escondeu-se
B( ) subiu
C( ) pulou
D( ) encolheu-se

4- Em “a raposa, desapontada, murmurou consigo” – a palavra sublinhada significa:
A( ) disse em voz baixa
B( ) falou disfarçadamente
C( ) resmungou
D( ) pensou

5- Em “Muito bem! – exclamou o galo.”- a palavra sublinhada significa:
A( )falar em voz alta e com admiração.
B( ) falar em tom de censura.
C( ) falar demonstrando aprovação.
D( ) falar em tom autoritário.

6- Em “Que beleza vai ficar o mundo, limpo de guerras” – a expressão sublinhada equivale a:
A( ) entre as
B( ) apesar das
C( ) longe das
D( ) sem as

7- Em “... e tratou de por a fresco”, a expressão sublinhada quer dizer:
A( ) ir para um lugar que não faça tanto calor.
B( ) sair para o ar livre.
C( ) ir saindo.
D( ) colocar-se a salvo.

8- Em “E raspou-se” significa:
A( ) saiu calmamente.
B( ) saiu precipitadamente.
C( ) escondeu-se.
D( ) feriu-se.

9- Quando o galo se empoleirou na arvore, a raposa ficou:
A( ) zangada.
B( ) decepcionada.
C( ) indiferente.
D( ) contente.

10-A respeito da atitude do galo, a raposa pensou consigo mesma – “Deixe estar, seu malandro, que já te curo!” – Isso significa que ela pensou em:
A( ) aliviar o sofrimento do galo.
B( ) dar uma lição no galo.
C( ) cozinhar o galo.
D( ) fazer amizade com o galo.

11- Ao dizer “Que beleza vai ficar o mundo, limpo de guerras, crueldades e traições!” – o galo se refere às:
A( ) desavenças ocorridas entre os homens.
B( ) brigas entre ele e a raposa.
C( ) crueldade cometida pela raposa em relação a seus amigos.
D( ) desavenças que houve no reino animal.

12- A raposa é tida como um animal muito assustado, esperto. Nessa fabula, a raposa mostrou-se:
A( ) mais esperta do que o galo.
B( ) menos esperta do que o galo.
C( ) tão esperta quanto o galo.
D( ) muito esperta, alem de corajosa e brincalhona.

13- O nome Co-ri-có-có, usado pela raposa em referencia ao galo, relaciona-se:
A( ) ao canto do galo.
B( ) à raça do galo.
C( ) à cor do galo.
D( ) ao físico do galo.